Quem olhar às costas dos dois atacantes do São Paulo neste domingo, vai achar que alguma coisa vai estar errada. Na partida contra o Flamengo, no Morumbi, a partir das 16h (com transmissão em tempo real pelo LANCENET!), os dois homens de frente vão usar uma numeração incomum. Do lado esquerdo, Hugo, com o 18 às costas. No direito, Borges, com o 17. Mas não se surpreenda caso os dois amigos brilhem juntos.

Os dois foram os atletas que mais gols marcaram pelo Sampa na vitoriosa campanha do ano passado. Borges fez 16, Hugo 14, o que totaliza 45% dos gols da equipe (o Sampa fez 66, em 38 partidas na competição).

Eles não são tão badalados como o Imperador Adriano no Flamengo, mas possuem no currículo o título brasileiro atuando próximos do gol. A dupla fez sucesso na campanha passada, que rendeu ao São Paulo o tricampeonato consecutivo inédito. Dagoberto auxiliou os dois, já que Hugo atuava como um “falso” meia.

– O momento é de conseguir o resultado positivo. Eu quero ajudar o São Paulo a vencer, para fazer o time chegar ao topo outra vez, jogo após jogo – comentou Hugo, que em 23 partidas na temporada marcou só uma vez (no 1 a 1 com o Ituano).

Os dois buscam um novo momento com Ricardo Gomes no comando do time. Borges reclamou de Muricy por ter ficado algumas partidas no banco, mesmo tendo o histórico de gols no currículo. Hugo fez o mesmo esta semana, dizendo que sempre quando não marcava, o técnico optava pela sua saída na sequência.

– Estamos jogando juntos há quase três anos. Espero que o entrosamento que temos fora, como amigos, possa ajudar. Se você tem a confiança do técnico e calma, as coisas acontecem – avaliou Borges, artilheiro do time no Brasileiro, com três gols.

Confira um rápido bate-bola com Hugo sobre o seu retorno ao time:

O que está achando de Ricardo Gomes até agora?
"Ele está chegando, procurando fazer o seu trabalho, conhecendo os jogadores e a maneira como todos se comportam em campo. O tempo é que vai definir a equipe titular."

Espera ter mais oportunidades nos outros jogos?
"Espero ter novas chances para me manter na equipe e ajudar o time a estar no seu lugar por direito, melhor na tabela."

Por que quis continuar no São Paulo e não aceitou proposta para sair?
"Gosto muito do clube, estou há um bom tempo, sou feliz aqui, é um grupo forte, que apenas está em um momento ruim. Respeito muito Juvenal, então só saio para o exterior."