Luciano lamenta derrota do São Paulo para o Fluminense — Foto: André Durão
O São Paulo teve um raro período de 14 dias de descanso das competições para Hernán Crespo organizar a equipe e colocar suas ideias em prática. A prova para saber se as lições haviam sido bem absorvidas pelos atletas estava marcada para o último domingo, diante do Fluminense, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
E os 90 minutos de jogo deram a resposta: parece que o São Paulo não teve sequer um dia de descanso. A derrota por 2 a 1 para os cariocas foi uma das piores atuações do time no Brasileirão.
Com um futebol cansado, sem criatividade e com quase nenhuma efetividade, o Tricolor deixou o Rio de Janeiro passando a impressão de que muita coisa precisa ser ajustada se ainda pensa em brigar por algo no torneio.
Por enquanto, a realidade é a briga contra o rebaixamento. Com 22 pontos, o São Paulo está na 16ª colocação, apenas um ponto à frente do América-MG, o primeiro time dentro do Z-4.
Com o elenco que tem, a equipe não deveria estar olhando para a parte de baixo. No entanto, o jogo contra o Fluminense acendeu alertas. Alguns elementos foram preocupantes durante os 90 minutos.
No primeiro tempo, a inoperância do ataque foi assustadora. Crespo optou por iniciar a partida com Benítez e Rigoni no banco de reservas – Igor Gomes e Pablo foram os titulares. Sem os argentinos, o Tricolor perdeu toda a criatividade. A bola praticamente não chegou ao ataque.
O resultado disso foi uma primeira etapa sem uma finalização sequer (nem mesmo para fora do gol).
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Em relação à defesa, o problema a se destacar foram os erros de passe na saída de bola. Os três zagueiros (Miranda, Bruno Alves e Léo) devolveram de graça algumas bolas nos pés do adversário.
Para tentar mudar o panorama da partida, Crespo promoveu as entradas de Gabriel, Vitor Bueno e Rodrigo Nestor no intervalo. Mas logo aos quatro minutos do segundo tempo, o Fluminense abriu o placar.
O Tricolor paulista conseguiu reagir rápido, com um gol aos 11, em pênalti convertido por Reinaldo. O empate deu uma leve esperança de que a virada e um futebol mais bem jogado poderiam aparecer. Mas se enganou quem pensou isso.
O São Paulo manteve os problemas e viu Luiz Henrique marcar o gol da vitória na falha de um de seus pilares: Miranda. O zagueiro não conseguiu acompanhar o jovem atacante na corrida e só pôde lamentar o chute forte no canto de Tiago Volpi.
Miranda em ação pelo São Paulo contra o Fluminense — Foto: André Durão
Depois de tudo isso acontecer, o treinador resolveu colocar em campo Benítez e Rigoni, dois jogadores capazes de fazer algo diferente. Naturalmente, o time melhorou, mas já era tarde demais. A derrota foi inevitável.
Na próxima quarta-feira, às 21h30, o São Paulo tem a chance de apaziguar toda essa situação através da Copa do Brasil. Após um empate por 2 a 2 no Morumbi diante do Fortaleza, o Tricolor precisa vencer no Castelão para avançar às semifinais do torneio.
Conseguir tal feito pode colocar o elenco novamente nos eixos e evitar uma pressão ainda maior no Campeonato Brasileiro. Afinal, embora muito se fale que a possibilidade de rebaixamento é remota pelo forte elenco que o São Paulo tem, nunca é demais abrir o olho.
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