Após uma contratação fervorosa para a torcida e para o futebol brasileiro, o lateral Daniel Alves não correspondeu as expectativas e deixou o Tricolor. A decisão foi tomada após o camisa 10 recusar se reapresentar ao clube depois de servir a Seleção Brasileira nas últimas semanas. O jogador tomou a decisão por conta da divida que o São Paulo tem com ele, que hoje gira em torno de R$ 11 milhões.
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Relembre alguns ícones camisas 10 ou quase 10 na história do Tricolor:
Pita e PH Ganso: semelhantes, mas completamente diferentes
Logo em seu primeiro ano no Tricolor, para já espantar qualquer crítica ou insinuação de que talvez tivesse sido um mau negócio, trazer um ídolo de um rival e ceder um dos maiores atacantes da história do São Paulo, Zé Sérgio, em troca, ganhou o Paulistão de 1985.
O título foi o pontapé inicial para uma trajetória impecável com a camisa 10 são-paulina. No ano seguinte, 1986, Pita foi o cérebro do meio-campo que levou o clube à conquista do segundo título brasileiro de sua história, batendo o Guarani, em pleno Brinco de Ouro da Princesa, naquele épico jogo que terminou em 3 a 3 (um dos gols marcados por ele) e foi decidido nos pênaltis.
Depois, em 1987, Pita venceu novamente o Campeonato Paulista, derrotando o rival Corinthians, na final. No Brasileirão, porém, não conseguiu repetir o desempenho da temporada anterior e sucumbiu junto com o São Paulo, naquele campeonato que até hoje gera controvérsia sobre o verdadeiro campeão, Sport ou Flamengo.
Em 1988, após marcar seu nome na trajetória Tricolor, foi para a Europa, vendido por US$ 1 milhão para o Racing Salsbourg-FRA, em um tempo em que poucos conseguiam jogar no Velho Continente.
No total, fez 249 jogos pelo São Paulo e marcou 46 gols, apenas oito a menos do que fez no Santos, com 39% menos jogos disputados. Algo que um personagem atual, que fez o mesmo caminho que ele, saiu da Vila Belmiro, para o Morumbi, e se utiliza da mesma perna esquerda para fazer acontecer, PH Ganso, não chegará nem perto de repetir. Uma pena.
Rogério Ceni: o “camisa 10 ao contrário” do São Paulo
Com 42 anos, 129 gols e incontáveis defesas, o goleiro Rogério Ceni é o que pode se chamar de “camisa 10 ao contrário”. Com recém-completados 22 anos de São Paulo, o capitão do Morumbi, mesmo sob as traves, é aquele jogador que exerce a liderança no elenco. O tal camisa 10 que carrega o time nas costas, no qual praticamente toda a responsabilidade – por vitórias ou derrotas – é depositada. Aquele que é “soberano” entre os titulares, para torcedores, técnico, companheiros, imprensa e admiradores do bom futebol.
Durante toda a sua carreira, Rogério Ceni construiu o seu espaço cativo no São Paulo. Contratado junto ao Sinop-MT com apenas 17 anos, o goleiro mal imaginava que deixaria a fazenda e os campos esburacados da cidade onde cresceu para ser Bi-campeão Mundial e bi-campeão da Libertadores (93 e 2005), três vezes campeão brasileiro (2006-2008), entre outras mais de 20 conquistas com a camisa são-paulina.
Alem dos títulos, Rogério Ceni é, de longe, um dos jogadores com mais recordes quebrados no futebol brasileiro pelo mesmo clube: mais de 1.100 jogos pelo São Paulo, mais vitórias conquistadas por um único time, mais vezes capitão por um único clube… a lista é imensa. Além disso, o “M1TO” ainda é artilheiro com 129 gols marcados (127 pela FIFA, que não conta amistosos), tendo marcado o seu 100º num clássico “Majestoso”, contra o rival Corinthians. É mole?
Raí: relembre os grandes feitos do maestro do São Paulo
O maestro estreou no tricolor paulista no dia 18 de outubro, no ano de 1987, na derrota para o Grêmio, em partida válida pelo Copa União. Mas o ídolo do Morumbi logo foi deixando seu cartão de visitas contra o Goiás.
Gols de cabeça não eram difíceis para o atleta de 1,89 m. Este foi só o primeiro dos 131 gols com a camisa do São Paulo. Gols que entraram para a história e conquistaram títulos, como em sua primeira passagem pelo Morumbi, quando teve 20 gols marcados no Paulista de 1991, já vestindo a camisa 10. No primeiro jogo da decisão contra o Corinthians, Raí, em uma tarde iluminada, marcou os três gols da vitória são paulina.
A partida de volta não precisou ter seu placar alterado, o 0 a 0 garantiu o titulo. Mas Raí queria mais, faturou o Campeonato Brasileiro ainda em 1991, a Libertadores da América de 92 e 93. Anos esses de ouro para o time preto, vermelho e branco que contava com Zetti, Palhinha, Cafu, Ronaldão, Raí e outros jogadores que levaram o time ao bicampeonato da competição sul americana. Mais uma vez o meia deixou a sua marca com um golaço no primeiro jogo da final contra o Universidad Católica.
Com a conquista da Libertadores, o gênio da camisa 10 foi conquistar o mundo. E assim o fez nos Mundial de Clubes de 1992 e 93, em especial no primeiro quando foi até o Japão e mais uma vez arrasou com o Barcelona. Em um jogo disputadíssimo, Raí mostrou para o mundo da bola o seu bom futebol e marcou os dois gols da vitória.
Antes de pendurar as chuteiras o meio – campista ainda ajudou o São Paulo a ser campeão do Paulista de 2000. Raí fez sua ultima partida na carreira com a camisa que o consagrou para o mundo aos 35 anos de idade, no dia 22 de julho de 2000, contra o Sport, pela Copa dos Campeões e deixa saudade para a torcida tricolor não apenas pelos gol de falta mas também pelos seu passes milimétricos e liderança dentro de campo.
Hernanes, o camisa 10-volante importante para o São Paulo
Anderson Hernanes de Carvalho Viana Lima, o Hernanes, que começou como volante e camisa 15 no São Paulo Futebol Clube, rodou bastante até ganhar destaque no time do Morumbi e ser eleito como o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2008, pela revista Placar, junto ao título brasileiro.
Porém, o título que a torcida São Paulina mais gosta, a Libertadores, o atleta nunca conseguiu, parando no máximo na semifinal, em 2010, em seu último ano atuando pelo São Paulo. Ele encerrou sua nova passagem pelo Tricolor em julho deste ano e atualmente está no Sport.
Pedro Rocha, o maestro uruguaio
Era uma vez um garoto chamado Pedro Virgilio Rocha Fanchetti, o Pedro Rocha. Ele nasceu em Salto, no Uruguai, no dia 3 de dezembro de 1942. Esse menino tinha talento com a bola nos pés, tanto que aos 18 anos de idade se tornou profissional no Peñarol, um dos maiores clubes do seu país.
No São Paulo Pedro Rocha foi dono da camisa 10, bicampeão paulista (1971 e 1975), campeão brasileiro (1977), disputou 375 jogos e marcou 113 gols. O meia-atacante uruguaio foi maestro em duas grandes gerações de jogadores do tricolor do Morumbi. A primeira com Gérson, Toninho Guerreiro, Terto e companhia. A segunda junto com Muricy, Serginho Chulapa, Waldir Peres, Dario Pereyra e outros craques:
Em 1977 Pedro Rocha, que disputou quatro Copas do Mundo pelo seu país, deixou o São Paulo. A partir daí passou por Coritiba, Palmeiras, Bangu, Deportivo Neza, Monterrey (ambos do México) e Al-Nassr (Arábia Saudita). Mas sua estrela brilhou mais quando vestiu uma camisa de três cores:
São Paulo, Camisas 10, História, Daniel Alves, SPFC
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Relembre alguns ícones camisas 10 ou quase 10 na história do Tricolor:
Pita e PH Ganso: semelhantes, mas completamente diferentes
Logo em seu primeiro ano no Tricolor, para já espantar qualquer crítica ou insinuação de que talvez tivesse sido um mau negócio, trazer um ídolo de um rival e ceder um dos maiores atacantes da história do São Paulo, Zé Sérgio, em troca, ganhou o Paulistão de 1985.
O título foi o pontapé inicial para uma trajetória impecável com a camisa 10 são-paulina. No ano seguinte, 1986, Pita foi o cérebro do meio-campo que levou o clube à conquista do segundo título brasileiro de sua história, batendo o Guarani, em pleno Brinco de Ouro da Princesa, naquele épico jogo que terminou em 3 a 3 (um dos gols marcados por ele) e foi decidido nos pênaltis.
Depois, em 1987, Pita venceu novamente o Campeonato Paulista, derrotando o rival Corinthians, na final. No Brasileirão, porém, não conseguiu repetir o desempenho da temporada anterior e sucumbiu junto com o São Paulo, naquele campeonato que até hoje gera controvérsia sobre o verdadeiro campeão, Sport ou Flamengo.
Em 1988, após marcar seu nome na trajetória Tricolor, foi para a Europa, vendido por US$ 1 milhão para o Racing Salsbourg-FRA, em um tempo em que poucos conseguiam jogar no Velho Continente.
No total, fez 249 jogos pelo São Paulo e marcou 46 gols, apenas oito a menos do que fez no Santos, com 39% menos jogos disputados. Algo que um personagem atual, que fez o mesmo caminho que ele, saiu da Vila Belmiro, para o Morumbi, e se utiliza da mesma perna esquerda para fazer acontecer, PH Ganso, não chegará nem perto de repetir. Uma pena.
Rogério Ceni: o “camisa 10 ao contrário” do São Paulo
Com 42 anos, 129 gols e incontáveis defesas, o goleiro Rogério Ceni é o que pode se chamar de “camisa 10 ao contrário”. Com recém-completados 22 anos de São Paulo, o capitão do Morumbi, mesmo sob as traves, é aquele jogador que exerce a liderança no elenco. O tal camisa 10 que carrega o time nas costas, no qual praticamente toda a responsabilidade – por vitórias ou derrotas – é depositada. Aquele que é “soberano” entre os titulares, para torcedores, técnico, companheiros, imprensa e admiradores do bom futebol.
Durante toda a sua carreira, Rogério Ceni construiu o seu espaço cativo no São Paulo. Contratado junto ao Sinop-MT com apenas 17 anos, o goleiro mal imaginava que deixaria a fazenda e os campos esburacados da cidade onde cresceu para ser Bi-campeão Mundial e bi-campeão da Libertadores (93 e 2005), três vezes campeão brasileiro (2006-2008), entre outras mais de 20 conquistas com a camisa são-paulina.
Alem dos títulos, Rogério Ceni é, de longe, um dos jogadores com mais recordes quebrados no futebol brasileiro pelo mesmo clube: mais de 1.100 jogos pelo São Paulo, mais vitórias conquistadas por um único time, mais vezes capitão por um único clube… a lista é imensa. Além disso, o “M1TO” ainda é artilheiro com 129 gols marcados (127 pela FIFA, que não conta amistosos), tendo marcado o seu 100º num clássico “Majestoso”, contra o rival Corinthians. É mole?
Raí: relembre os grandes feitos do maestro do São Paulo
O maestro estreou no tricolor paulista no dia 18 de outubro, no ano de 1987, na derrota para o Grêmio, em partida válida pelo Copa União. Mas o ídolo do Morumbi logo foi deixando seu cartão de visitas contra o Goiás.
Gols de cabeça não eram difíceis para o atleta de 1,89 m. Este foi só o primeiro dos 131 gols com a camisa do São Paulo. Gols que entraram para a história e conquistaram títulos, como em sua primeira passagem pelo Morumbi, quando teve 20 gols marcados no Paulista de 1991, já vestindo a camisa 10. No primeiro jogo da decisão contra o Corinthians, Raí, em uma tarde iluminada, marcou os três gols da vitória são paulina.
A partida de volta não precisou ter seu placar alterado, o 0 a 0 garantiu o titulo. Mas Raí queria mais, faturou o Campeonato Brasileiro ainda em 1991, a Libertadores da América de 92 e 93. Anos esses de ouro para o time preto, vermelho e branco que contava com Zetti, Palhinha, Cafu, Ronaldão, Raí e outros jogadores que levaram o time ao bicampeonato da competição sul americana. Mais uma vez o meia deixou a sua marca com um golaço no primeiro jogo da final contra o Universidad Católica.
Com a conquista da Libertadores, o gênio da camisa 10 foi conquistar o mundo. E assim o fez nos Mundial de Clubes de 1992 e 93, em especial no primeiro quando foi até o Japão e mais uma vez arrasou com o Barcelona. Em um jogo disputadíssimo, Raí mostrou para o mundo da bola o seu bom futebol e marcou os dois gols da vitória.
Antes de pendurar as chuteiras o meio – campista ainda ajudou o São Paulo a ser campeão do Paulista de 2000. Raí fez sua ultima partida na carreira com a camisa que o consagrou para o mundo aos 35 anos de idade, no dia 22 de julho de 2000, contra o Sport, pela Copa dos Campeões e deixa saudade para a torcida tricolor não apenas pelos gol de falta mas também pelos seu passes milimétricos e liderança dentro de campo.
Hernanes, o camisa 10-volante importante para o São Paulo
Anderson Hernanes de Carvalho Viana Lima, o Hernanes, que começou como volante e camisa 15 no São Paulo Futebol Clube, rodou bastante até ganhar destaque no time do Morumbi e ser eleito como o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2008, pela revista Placar, junto ao título brasileiro.
Porém, o título que a torcida São Paulina mais gosta, a Libertadores, o atleta nunca conseguiu, parando no máximo na semifinal, em 2010, em seu último ano atuando pelo São Paulo. Ele encerrou sua nova passagem pelo Tricolor em julho deste ano e atualmente está no Sport.
Pedro Rocha, o maestro uruguaio
Era uma vez um garoto chamado Pedro Virgilio Rocha Fanchetti, o Pedro Rocha. Ele nasceu em Salto, no Uruguai, no dia 3 de dezembro de 1942. Esse menino tinha talento com a bola nos pés, tanto que aos 18 anos de idade se tornou profissional no Peñarol, um dos maiores clubes do seu país.
No São Paulo Pedro Rocha foi dono da camisa 10, bicampeão paulista (1971 e 1975), campeão brasileiro (1977), disputou 375 jogos e marcou 113 gols. O meia-atacante uruguaio foi maestro em duas grandes gerações de jogadores do tricolor do Morumbi. A primeira com Gérson, Toninho Guerreiro, Terto e companhia. A segunda junto com Muricy, Serginho Chulapa, Waldir Peres, Dario Pereyra e outros craques:
Em 1977 Pedro Rocha, que disputou quatro Copas do Mundo pelo seu país, deixou o São Paulo. A partir daí passou por Coritiba, Palmeiras, Bangu, Deportivo Neza, Monterrey (ambos do México) e Al-Nassr (Arábia Saudita). Mas sua estrela brilhou mais quando vestiu uma camisa de três cores:
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