O próximo domingo pode ser uma data muito especial para uma dupla inseparável do Tricolor. Se entrarem em campo no jogo contra o Santo André, Borges e Hugo chegarão à expressiva marca de cem partidas disputadas com a camisa do São Paulo.

"É com enorme alegria e satisfação que vejo esse momento. Não é fácil jogar em uma equipe grande como o São Paulo, que tem uma cobrança enorme e tantos jogadores bons atuando. Isso é motivo de muita alegria pra mim", disse o atacante.

"São cem jogos e dois títulos nacionais no São Paulo, pra mim isso vai ficar marcado pra sempre na vida. Espero conquistar mais títulos independente do número de jogos que eu venha a disputar", completou o meio-campista.

A história da parceria dos atletas tem seu início ao chegarem no São Paulo. Os jogadores foram apresentados juntos, em 05 de janeiro de 2007, e estrearam na partida contra o Sertãozinho, 13 dias mais tarde. Apesar de terem vivido ótimos momentos no time, como o bicampeonato nacional, os companheiros passaram também por fases difíceis até se firmarem no clube.

"O momento mais difícil foi a minha suspensão, quando fiquei de fora por 120 dias", afirmou o camisa 18. Já para Borges, as lesões foram o maior pesadelo. "Foram três contusões que me prejudicaram além daquela luxação no cotovelo no jogo do Palmeiras. Mas isso só me fez crescer", completou.

Mas as épocas ruins foram minoria no pouco mais de dois anos em que os jogadores defendem a camisa do São Paulo. Essenciais na conquista do hexacampeonato, Borges e Hugo escolhem o jogo mais marcante em suas vidas no Tricolor.

"Pra mim, acho que pela importância, o jogo contra o Goiás [o último do Brasileiro/08, em Gama] foi o mais marcante, já que mesmo impedido fiz o gol que nos deu o título", lembra Borges, que é acompanhado pelo parceiro. "Foram tantos jogos importantes, mas escolho o do Goiás, que nos deu o título", confirma Hugo.

No atual grupo são-paulino mais sete atletas já ultrapassaram a marca de cem confrontos com a equipe: Rogério Ceni (841), Richarlyson (156), André Dias (148), Miranda (134), Hernanes (119) e Jorge Wagner (112). Analisando o histórico dos amigos de clube, a dupla prestes a se tornar centenária acredita que a continuidade dos são-paulinos é uma das armas para o sucesso da equipe.

"Realmente o São Paulo tem uma equipe que joga há bastante tempo junta e sem sombra de dúvidas, com essa continuidade do trabalho, vamos conseguir muito mais títulos", afirma Borges. "Com certeza a base do time é tudo. Manter o elenco dois, três anos faz você alcançar diversas coisas. É um time que se conhece e por isso se sobressai sobre os outros", definiu Hugo.

Como projeção para o futuro a próxima marca a ser comemorada pelos jogadores seria a de 200 jogos, mas alcançar esse número não é o objetivo principal da dupla: levantar troféus está em primeiro plano.

"Minha projeção é trabalhar, porque no final do ano termina o meu contrato e pra chegar a 200 jogos preciso ter uma sequência de partidas maior, assim como o meu contrato", disse Borges.

Para Hugo, o importante agora é comemorar a marca e trabalhar muito para que as conquistas continuem acontecendo. "Chegar aos cem é um momento importante pra mim. Em relação ao que vai acontecer daqui pra frente só Deus sabe, vou fazer o meu trabalho de forma muito séria pra continuar tendo sucesso aqui", completou.

Hugo para Borges: "Borges, parabéns pelo seu centésimo jogo. Mas você vai ter que aguardar até domingo, porque tem o rodízio, né", brincou o meio-campista, que passou suas férias na casa do amigo, na Bahia.

Borges para Hugo: "Parabéns pra você companheiro. Estou feliz em chegar a essa marca junto pois você é um grande parceiro. São dois anos juntos e muitas histórias boas pra contar", completou.