Paulo Matos com a camisa de Hernanes na parede de sua casa: presente do Profeta (Foto: Arquivo Pessoal)
Em 19 de junho de 2005, Hernanes e Paulo Matos estrearam oficialmente pelo time profissional do São Paulo. No Morumbi, contra o Botafogo, quem chamou a atenção na vitória tricolor por 1 a 0 não foi o Profeta, mas o atacante que trilhou um caminho bem diferente ao do meia bicampeão brasileiro pelo São Paulo e convocado para a Copa do Mundo de 2014.
Hernanes se firmou depois como titular do São Paulo, ajudou o time a ser tricampeão brasileiro, foi vendido para o futebol italiano (passou por Lazio, Internazionale e Juventus) e voltou agora ao Tricolor, emprestado pelo Hebei Fortune, da China.
Paulo Matos não teve o mesmo sucesso. Aposentou-se no Formiga (MG), ano passado. Hoje é assistente social e dono de uma loja de moda em Pé de Serra, cidade no interior da Bahia. Mas guarda com carinho as lembranças dos tempos de São Paulo e da convivência com o amigo Hernanes.
– Tive a felicidade de marcar o gol na nossa estreia. Foi o momento mais importante da minha carreira, o dia mais feliz da minha vida. Sou torcedor do São Paulo desde criança. Tinha certeza que o Hernanes daria certo porque ele sempre foi muito determinado, muitos garotos do grupo achavam até que ele era louco. O Hernanes tinha muita habilidade e qualidade, mas quem fez o gol foi eu – brinca Paulo Matos, em contato por telefone.
Hernanes e Paulo Matos eram companheiros de quarto na base do Tricolor. No profissional, jogaram juntos somente em 2005. O atacante não conseguiu se firmar na equipe - marcou um gol em três jogos - e acabou emprestado para o Náutico. Passou ainda por clubes como Vitória e Gama, mas nunca mais voltou a jogar no Tricolor.
– Sempre estávamos juntos. Chamava ele de "irmão Pi". O apelido Pi já veio com ele de Recife. O irmão porque éramos muito amigos, nossa senhora... Dividimos até creme dental. A vitória dele é a minha. É um irmão mesmo. Tínhamos amizade grande por sermos nordestinos, falávamos a mesma língua. Faz tempo que não tenho contato com ele. Na última vez, pedi uma camisa do São Paulo e ele me mandou – lembra Paulo, de 33 anos.
A fama de Hernanes ser um cara diferenciado vem de antes de o jogador se tornar conhecido. O ex-atacante relembra boas histórias do Profeta.
O Hernanes era perfeccionista. Tinha escada para chegar no quarto. Quando ficava de noite, ele queria subir fazendo embaixadinha de costas. Fazia isso centenas de vezes até acertar. Ele não parava de jogar, tanto é que chuta com as duas pernas hoje. Ele queria correr de costas na esteira. Cismava em ligar a televisão com o dedo do pé. Ele mastigou a carne 125 vezes porque tinha lido um texto que dizia isso.
Paulo Matos lembra outra história de Hernanes:
– Teve uma vez que perdemos no sub-20. Na reapresentação, estava muito frio de manhã. Só escutávamos uma música evangélica baixinha... O técnico Marcos Vizolli pediu silêncio. Quando viu, o Hernanes estava com um rádio no bolso da blusa escutando louvor. Ele falou que ia quebrar o rádio em mil pedaços. O Hernanes tinha muita mania. Cada dia um jogador tinha que fazer a salada. Eu me divertia demais com o Hernanes. Ele é assim. Não tem vaidade, é muito simples.
São-paulino fanático, Paulo Matos diz acreditar que o retorno do Profeta será fundamental para o São Paulo ficar na primeira divisão do Brasileiro.
– Espero que ele possa fazer o mesmo que fez na primeira passagem. O Hernanes gosta muito do São Paulo, respeita muito a camisa. Fiquei feliz quando soube que ele tinha voltado. O time precisa de maior referência em campo. Com certeza vai arrumar o meio. Não vai cair, ainda mais com o Hernanes – completa Paulo Matos.
Em 19 de junho de 2005, Hernanes e Paulo Matos estrearam oficialmente pelo time profissional do São Paulo. No Morumbi, contra o Botafogo, quem chamou a atenção na vitória tricolor por 1 a 0 não foi o Profeta, mas o atacante que trilhou um caminho bem diferente ao do meia bicampeão brasileiro pelo São Paulo e convocado para a Copa do Mundo de 2014.
Hernanes se firmou depois como titular do São Paulo, ajudou o time a ser tricampeão brasileiro, foi vendido para o futebol italiano (passou por Lazio, Internazionale e Juventus) e voltou agora ao Tricolor, emprestado pelo Hebei Fortune, da China.
Paulo Matos não teve o mesmo sucesso. Aposentou-se no Formiga (MG), ano passado. Hoje é assistente social e dono de uma loja de moda em Pé de Serra, cidade no interior da Bahia. Mas guarda com carinho as lembranças dos tempos de São Paulo e da convivência com o amigo Hernanes.
– Tive a felicidade de marcar o gol na nossa estreia. Foi o momento mais importante da minha carreira, o dia mais feliz da minha vida. Sou torcedor do São Paulo desde criança. Tinha certeza que o Hernanes daria certo porque ele sempre foi muito determinado, muitos garotos do grupo achavam até que ele era louco. O Hernanes tinha muita habilidade e qualidade, mas quem fez o gol foi eu – brinca Paulo Matos, em contato por telefone.
Hernanes e Paulo Matos eram companheiros de quarto na base do Tricolor. No profissional, jogaram juntos somente em 2005. O atacante não conseguiu se firmar na equipe - marcou um gol em três jogos - e acabou emprestado para o Náutico. Passou ainda por clubes como Vitória e Gama, mas nunca mais voltou a jogar no Tricolor.
– Sempre estávamos juntos. Chamava ele de "irmão Pi". O apelido Pi já veio com ele de Recife. O irmão porque éramos muito amigos, nossa senhora... Dividimos até creme dental. A vitória dele é a minha. É um irmão mesmo. Tínhamos amizade grande por sermos nordestinos, falávamos a mesma língua. Faz tempo que não tenho contato com ele. Na última vez, pedi uma camisa do São Paulo e ele me mandou – lembra Paulo, de 33 anos.
A fama de Hernanes ser um cara diferenciado vem de antes de o jogador se tornar conhecido. O ex-atacante relembra boas histórias do Profeta.
O Hernanes era perfeccionista. Tinha escada para chegar no quarto. Quando ficava de noite, ele queria subir fazendo embaixadinha de costas. Fazia isso centenas de vezes até acertar. Ele não parava de jogar, tanto é que chuta com as duas pernas hoje. Ele queria correr de costas na esteira. Cismava em ligar a televisão com o dedo do pé. Ele mastigou a carne 125 vezes porque tinha lido um texto que dizia isso.
Paulo Matos lembra outra história de Hernanes:
– Teve uma vez que perdemos no sub-20. Na reapresentação, estava muito frio de manhã. Só escutávamos uma música evangélica baixinha... O técnico Marcos Vizolli pediu silêncio. Quando viu, o Hernanes estava com um rádio no bolso da blusa escutando louvor. Ele falou que ia quebrar o rádio em mil pedaços. O Hernanes tinha muita mania. Cada dia um jogador tinha que fazer a salada. Eu me divertia demais com o Hernanes. Ele é assim. Não tem vaidade, é muito simples.
São-paulino fanático, Paulo Matos diz acreditar que o retorno do Profeta será fundamental para o São Paulo ficar na primeira divisão do Brasileiro.
– Espero que ele possa fazer o mesmo que fez na primeira passagem. O Hernanes gosta muito do São Paulo, respeita muito a camisa. Fiquei feliz quando soube que ele tinha voltado. O time precisa de maior referência em campo. Com certeza vai arrumar o meio. Não vai cair, ainda mais com o Hernanes – completa Paulo Matos.
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