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Milton Neves: Está perdendo a graça

Não se trata de falta de inspiração para escrever. Muito menos de preguiça. Mas há questão de alguns dias, quando a conquista de mais um título por parte do São Paulo foi praticamente confirmada após a vitória sobre o Vasco em São Januário, comecei a pensar em algo que pudesse explicar a supremacia tricolor, fenômeno que ganha corpo desde a década de 1970. Rabisquei algumas linhas, bolei frases que não me parecessem óbvias, mas nada me agradou. Sinceramente, não conseguiria explanar melhor o que penso sobre este clube do que o texto que escrevi no dia 22 de agosto de 2007, publicado neste site às 12:48. Naquela ocasião, o São Paulo não havia sequer levantado o penta brasileiro, mas já avisava que dificilmente a taça deixaria de seguir para a sua galeria. A coluna faço questão de reproduzir aqui, integralmente. Só me permitindo fazer um adendo em forma de comentário: o título deste ano tem um sabor a mais em relação ao do ano passado porque foi conquistado com um grupo tecnicamente inferior ao de 2007.

Após lerem a coluna publicada há mais de 15 meses, alguns me questionarão alegando que o campeonato de 2008 foi parelho, decidido apenas na rodada final. Verdade. Mas o São Paulo teve sangue frio e equilíbrio, virtudes que já se fazem notar no Morumbi não de hoje. E que certamente serão diferenciais para a eternidade dos campeonatos de pontos corridos. Aos rivais, resta abrir os olhos porque o hepta tricolor está longe de ser um sonho ou mera força de expressão.

ESTÁ PERDENDO A GRAÇA (Texto publicado neste site no dia 22 de agosto de 2007)

Não quero me ater exclusivamente a este Campeonato Brasileiro. Muito menos ao do ano passado, que efetivamente se definiu quando ainda restavam umas dez rodadas para o seu encerramento. Desejo, sim, explanar o óbvio, algo que está aí na cara de todo mundo e só não enxergam aqueles poucos que ainda colocam a emoção na frente da razão: o São Paulo está tão à frente dos demais clubes em todos os quesitos que sejam colocados à mesa, que corremos o risco de perder o interesse por qualquer campeonato por pontos corridos em que o clube esteja em campo.

Não serei repetitivo a ponto de anunciar o que separa o “mais querido” dos demais. O povo que ama o futebol está cansado de saber, e os não tricolores irritados de não conseguirem ver seus times de coração se ombrearem ao do Morumbi. Também não bancarei o profeta do apocalipse a ponto de prever que o São Paulo será campeão de todas as competições que disputar. Mas sugiro à CBF que repense urgentemente a fórmula de disputa do Brasileirão sob pena de tornar seu principal produto cada vez mais modorrento e desinteressante. O São Paulo vai se impor de tal forma nos próximos anos que se a velha fórmula do mata-mata não for ressuscitada, ouso afirmar que das próximas dez taças de campeão nacional, pelo menos sete irão parar na já abarrotada sala de troféus do estádio Cícero Pompeu de Toledo.

A grandeza do São Paulo está prestes a se tornar inigualável. O time tem a melhor média de títulos paulistas da história, o maior número de Libertadores e Mundiais entre os clubes do País, e no final do ano será o maior campeão brasileiro de todos com cinco taças, superando os tetracampeões Flamengo, Vasco, Palmeiras e Corinthians. Só não tem a maior torcida, mas sua popularidade a cada dia se aproxima da do Corinthians.

A cartolagem tricolor voa baixo, trabalha nos bastidores com eficiência, contrata com correção e seduz aqueles que realmente querem atuar no Brasil. Jogadores não mais que medianos como Jadílson e Ilsinho esnobam nações como Corinthians e Palmeiras sem o menor constrangimento. Outros, como Richarlysson e Lenilson, rasgam contratos e descumprem a palavra empenhada em questão de minutos para viver o sonho dourado de vestir a camisa vermelha, preta e branca.

Para mudar isso, novamente grito pela CBF. A não ser que o São Paulo empreste algumas de sua mentes para trabalhar no Parque São Jorge ou no Parque Antártica.

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