Se nada extraordinário acontecer, a derrota por 2 a 1 para o Vasco, no Rio de Janeiro, não causará a demissão de Fernando Diniz do São Paulo. Apesar da pressão sofrida pelo técnico, com direito a protesto no desembarque da delegação em Guarulhos no fim da noite de domingo, a diretoria de futebol continua batendo na tecla da convicção.
É consenso entre o presidente Leco e os dois principais responsáveis pelo departamento de futebol, o diretor Raí e o gerente Alexandre Pássaro, que o time tem margem para evoluir sob o comando de Diniz. As lideranças do elenco, o que inclui Daniel Alves, também estão ao lado dele.
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Os dirigentes avaliam que Diniz tem ótimo ambiente com os jogadores, acreditam que a ideia de jogo dele é a ideal para o clube e consideram bom o trabalho do dia a dia. A avaliação após o revés em São Januário foi de que a equipe teve bom desempenho, mas não soube transformá-lo em resultado.
As escolhas do treinador para o time titular e para o decorrer da partida não são apontadas internamente como motivo dos resultados ruins. Até o fato de Alexandre Pato, titular até a queda para o Mirassol no Paulistão, não ter saído do banco nas duas rodadas do Brasileirão, é encarado com naturalidade, como consequência de um momento técnico ruim do atacante.
A gestão Leco, conhecida pelas constantes mudanças de comando - incluindo interinos, foram 12 treinadores desde outubro de 2015, quando o atual mandatário substituiu Carlos Miguel Aidar - tenta ignorar as pressões externas a pouco mais de quatro meses de ser substituída (Julio Casares e Roberto Natel disputarão a presidência em dezembro).
Não significa, porém, que o cenário não possa mudar se os resultados ruins continuarem. A própria diretoria sabe que a pressão, seja da torcida ou de conselheiros, se tornará insustentável se a equipe não reagir rápido. Na quinta-feira, às 20h, o Tricolor recebe o Bahia no Morumbi e deverá ser recebida por um novo protesto da Independente.
Fernando Diniz tem 14 vitórias, sete empates e nove derrotas desde que chegou ao Morumbi, em setembro de 2019. O aproveitamento dele é de 54,1%, inferior apenas ao de Diego Aguirre (55,8%) entre os treinadores efetivos da era Leco, outro ponto considerado internamente para avalizar a manutenção do treinador.
Em cinco jogos após o retorno do futebol, o São Paulo acumula três derrotas e duas vitórias, tendo sido eliminado nas quartas de final do Campeonato Paulista, competição que acreditava ser possível vencer após um primeiro trimestre promissor.
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