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A lição do caso Ganso e Jádson que ainda não foi aprendida

Quem lembra? Em 2012, o S.Paulo montou um time competitivo. Tão competitivo que chegou a ser campeão no mata-mata (Sulamericana). Qual era ao segredo daquele time, cujo elenco nem era caro ou numeroso? O time ENCAIXOU. Dois volantes bem postados (Denilson e Wellington) , uma dupla de zaga que se dava bem (Toloi e Rodolpho, dupla que depois foi estragada pela chegada do aposentado Lúcio), e na frente, dois velocistas abertos (Osvaldo e Lucas), um homem-gol (LF9) e um meia de muita movimentação (Jádson). O time jogava na correria e fazia grandes partidas, encarando Santos de Neymar de igual pra igual, por exemplo. Jogando dentro das características do elenco, sem invenção, arroz com feijão bem feito.
Quando o Lucas Moura foi vendido, a diretoria correu para fazer uma contratação "de peso". Contrataram Ganso. Mas o Ganso não resolvia o problema deixado pela saída do Lucas e, além disso, criava um novo problema: ele jogava na mesma posição do Jádson, que era titular absoluto e estava comendo a bola.
Quando vc contrata um cara com status de titular pra uma posição que já tem um titular absoluto, não adianta dizer que um vai "fazer sombra" pro outro. Isso simplesmente não funciona (veja os problemas do PSG, alguém sempre fica descontente). Os dois querem jogar e o técnico acaba tendo de enfiar os dois na mesma linha de 11. Mas não tinha como. Era preciso mudar o esquema inteiro para fazer Ganso e Jádson jogarem juntos. Tentaram colocar o Jadson na posição do Lucas, deu errado. Ganso, idem. Tentaram mudar o esquema de 4231 para 442, deu errado. A coisa simplesmente não funcionou, o time se desmanchou, o técnico perdeu emprego e quase caímos no ano seguinte.
Parece que continuamos cometendo esse mesmo erro: contratando nomes, em vez de carências da equipe. A torcida acha graça, diz que vai ter "disputa por posição". Mas não é tão simples assim (PSG). Este ano, o time tinha duas grandes carências: um ponta veloz e um meia de criação. Não contrataram nem um, nem outro, mas trouxeram o Nikão, que joga no mesmo lugar do Rigoni. Um time sem 11 titulares trazendo dois titulares pro mesmo lugar na equipe. E um clube sem dinheiro de ter um time forte, achando que vai montar 2 times fortes? Já vimos essa história antes...


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