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  • 21/10/2014 - 21:22 | Visualizada 9643 vezes |

    Comunidade: História, política, religião, cultura...

    Antissemitismo, Karl Marx e o Nazismo

    Postado por: intrepido

    Nazismo, fascismo e comunismo são doutrinas com a mesma origem, cujos métodos são extremamente semelhantes e que cumprem o mesmo propósito: a destruição do livre mercado, das liberdades individuais e da democracia.

    Seu anseio é o estabelecimento de um regime totalitário que supostamente reformaria o homem levando-a a um estado social perfeito. Contudo, comunistas modernos e neonazistas se digladiam sem o menor nexo.

    É fato que a discriminação racial adotada por Hitler, os bolcheviques e Stalin faz-se a base de muitas das ideias de Marx e Engels. Comunistas contestam este fato, em dois argumentos tacanhos: alegam que Marx era judeu e que Stalin se opôs a Hitler. Parecem ignorar que Marx era ateu e ansiava pela destruição das religiões como bem descreve em sua famosa frase “A religião é o ópio do povo” .

    Também desprezam o fato de que nazistas e comunistas foram aliados através do Pacto de Molotov-Ribbentrop, o que demonstra vago conhecimento histórico e literário. Para demonstrar a natureza antissemita de Marx e sua relação com o nazismo recorrerei a estes conhecimentos, tão obliterados pela esquerda atual.

    O antissemitismo é uma concepção antiga e remota a antiguidade. Todavia, o termo fora cunhado pelo austríaco Wilhelm Marr a partir da publicação do livro Der Sieg der lidenthums über der Germanenthum (A Vitória do Judaísmo sobre o Germanismo) em 1879.

    Neste livro ele teoriza que judeus e alemães viviam em um conflito de longa data, onde os judeus foram vencedores graças a uma emancipação política e econômica advinda do liberalismo.

    Esta emancipação supostamente vos permitira governar as finanças e a indústria alemã. Para ele, esta luta somente findaria com a morte definitiva de uma das partes. Embora admitisse estar enganado ao final de sua vida, seu trabalho fora de grande influencia para seus contemporâneos. Por este viés teórico e econômico, o antissemitismo cresceu entre os socialistas e anarquistas, de Fourier à Proudhon.

    Marx baseou-se nestas premissas associado os judeus ao comércio e a instituição privada, tanto que alguns de seus seguidores como Duhring e Lasselle usaram do antissemitismo como base para sua concepção anticapitalista. Marx renegou suas origens. Neto de rabino e filho de pais judeus, seu verdadeiro nome de Karl Marx, era Moses Mordechai Levi.

    Em três de suas obras, encontramos todo seu antissemitismo: A Questão dos Judeus, A Ideologia Alemã e A Sagrada Família (título sarcástico que ironizava a juventude hegeliana). Ele deixa claro não somente seu desprezo ao judaísmo, mas também ao cristianismo e todas as religiões.

    Em A Questão dos Judeus suas concepções são claras: “O Estado pode e deve prosseguir na abolição e na destruição da religião”. Os motivos que levaram Marx a se voltar contra o judaísmo e toda religião são óbvios: o tempo é uma instituição privada dividia entre classes. Sinagogas pertencem aos judeus, Igrejas Católicas ao Vaticano, Mesquitas ao Islã etc.

    Nestes templos as regras são ditadas por níveis hierárquicos, ou seja: classes. Para que o comunismo possa vigorar, toda propriedade e classes devem desaparecer. Marx compreendia estes fatos, portanto sua teoria deveria abolir a instituição privada e qualquer ordenação advinda dela a fins de estabelecer a ditadura do proletariado.

    Como descendente de judeus, o antissemitismo emergiu como a base de seu pensamento. Segundo Marx: “O dinheiro é o ciumento deus de Israel, a cujo lado nenhuma outra divindade pode existir. O dinheiro rebaixa todos os deuses do Homem e transforma-os em mercadoria” (…) “O deus dos judeus foi secularizado e tornou-se o deus deste mundo.

    O câmbio é o deus real dos judeus. O seu deus é apenas o câmbio ilusório. A percepção que se obteve da natureza, sob o império da propriedade privada e do dinheiro, é o real desprezo, a degradação prática da natureza, que existe de fato na religião judaica, mas só na imaginação.” (…) “O que se contém de forma abstrata na religião judaica – o desprezo pela teoria, pela arte, pela história, e pelo homem como fim em si mesmo – é o ponto de vista real, consciente e a virtude do homem de dinheiro.

    A nacionalidade quimérica do judeu é a nacionalidade do negociante e, acima de tudo, do financeiro. Sem base ou razão. A lei do judeu não passa de caricatura”. Marx e Hitler desprezavam os judeus e argumentavam que eles se apropriavam de todo o capital. Segundo eles, os judeus não detinham crenças, cultura ou arte e os elementos de seu mundo eram meras mercadorias.

    Para eles, a natureza judaica era capitalista, portanto deveriam ser extirpados para o renascimento de um novo homem igualitário e sem ambições. A economia de mercado seria apenas uma noção burguesa e inimiga da nova sociedade.

    Embora Hitler rejeitasse o marxismo, pois o associava de forma descabida ao judaísmo, deixou clara sua influencia: “Eu aprendi muito do marxismo, e eu não sonho esconder isso. (…) O que me interessou e me instruiu nos marxistas foram os seus métodos.” Hitler também definiu suas várias diferenças: “Meu socialismo é outra coisa que o marxismo. Meu socialismo não é a luta de classes, mas a ordem”.

    O ditador colocava o socialismo alemão como superior ao marxismo: “O nacional socialismo é aquilo que o marxismo poderia ter sido se ele fosse libertado dos entraves estúpidos e artificiais de uma pretensa ordem democrática” .

    Para Hitler, o marxismo era simplório e reducionista, pois arruinava todo o avanço da humanidade, tinha como pretensão uma fraca democracia e anulava toda a individualidade. No nazismo, o individualismo seria sujeitado à nação, mas não extirpado. Sobretudo, seus métodos de doutrinação eram os mesmos: se opunham a economia de livre mercado, sem refutar seus argumentos, o que consiste em um nítido polilogismo, como bem teorizara Mises.

    Polilogismo refere-se a uma falácia retórica ataca o argumentador ao situa o pensamento lógico como distinto por classes e raças. Em lógica, as inter-relações humanas são baseadas em um ponto comum o que permite e argumentação e refutação. Ao invés de discorrer nestes parâmetros eles supõe um novo “segmento lógico”.

    Isto é tipicamente usado por socialistas na atualidade, que uma vez sem recursos, referem-se aos contra-argumento liberais como uma lógica burguesa” tal Hitler pregava como “pensamento judeu”. Em comum haviam ainda mais pontos: Hitler e Marx criavam uma falsa dicotomia social, combatiam o individualismo, além de opressores da religião. Suas origens, métodos e intentos são os mesmos.

    Referências:
    Moshe Zimmermann –
    Wilhelm Marr: O Patriarca de Anti-semitismo
    Wilhelm Marr – Der Weg zum Siege des Germanenthums über das Judent hum
    Karl Marx – Sobre a Questão Judaica
    Adolph Hitler e Hermann Rauschning – Hitler m´a dit, CoopérationLudwig
    Von Mises - Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War

    http://resistenciaantisocialismo.wordpress.com/category/nazismo/





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