A oposição do Conselho Deliberativo do São Paulo protocolou, na manhã desta terça-feira, um pedido formal para a destituição do presidente Julio Casares. Este movimento marca uma escalada sem precedentes na crise política que se intensificou nos bastidores do clube nas últimas semanas.
O documento, assinado por 57 conselheiros — número superior ao mínimo exigido pelo estatuto — foi divulgado publicamente pelos líderes da oposição. A expectativa interna já era de que o pedido fosse formalizado no início desta semana, em razão do forte desgaste da atual gestão. Agora, a petição será analisada pelo plenário do Conselho Deliberativo, e a oposição acredita que o presidente do órgão, Olten Ayres, deve convocar uma reunião extraordinária nos próximos dias para discutir o futuro do mandatário tricolor.
Inicialmente, a oposição cogitava solicitar somente o afastamento temporário de Casares. Entretanto, com o agravamento do cenário político, a estratégia foi alterada para um pedido direto de impeachment, sem etapas intermediárias. A crise no Morumbi é considerada sem precedentes, gerando preocupação entre os torcedores e sócios do clube.
O pedido de impeachment não envolve o vice-presidente Harry Massis Júnior, que assumiria automaticamente a presidência em caso de destituição. Massis, que está no cargo desde 2021 e é sócio do clube há mais de seis décadas, é visto como um nome de transição em um possível novo comando.
A oposição avalia que, atualmente, não há mais ambiente político nem governabilidade para a permanência de Casares à frente do clube. Internamente, o movimento ganhou força após a divulgação de áudios envolvendo dirigentes, além do avanço de investigações fora do Morumbi.
O pedido de impeachment se fundamenta na acusação de “administração temerária”. Entre os principais argumentos apresentados estão o descumprimento frequente do orçamento, o aumento da dívida — que superou R$ 968 milhões ao final de 2024 — e negociações de jogadores consideradas abaixo do valor de mercado. Também pesam sobre a gestão denúncias relacionadas à suposta comercialização ilegal de ingressos de camarotes em eventos no estádio e investigações policiais que apuram possíveis desvios de verbas em negociações de atletas, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao clube.
A oposição entende que o conjunto de fatos compromete a credibilidade institucional do São Paulo e exige uma resposta imediata. O clube agora enfrenta uma fase decisiva nos bastidores, com impacto direto no planejamento esportivo e administrativo da próxima temporada.
Lugar de ladrão é na cadeia.
TEM QUE SER DESTITUÍDO, PRESO E RESSARCIR A ROUBALHEIRA PRATICADA AO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE.