O São Paulo perdeu neste domingo, no Olímpico, a chance de conseguir a vaga direta para a segunda fase da Libertadores de 2013 pelo vice-campeonato brasileiro. E o revés pode ser creditado às típicas falhas do time, que o Grêmio soube aproveitar bem na segunda etapa.

O desfalque de Wellington é obstáculo intransponível para a equipe de Ney Franco. O volante é sempre o responsável por cobrir os espaços e consertar as falhas de marcação de Cortez. No Olímpico, o lateral-esquerdo cometeu as mesmas falhas e Wellington não estava lá. Douglas, na direita, também errou. Casemiro, substituto, atuou bem durante a primeira metade da etapa inicial, e depois desapareceu. Sem Wellington, Denilson exerceu a função de primeiro volante.

O 4-2-3-1 de Ney Franco é ótimo, mas depende de Wellington e de um lateral defensivo. O São Paulo vai para a primeira fase da Libertadores, e deve acabar o Brasileirãona 4ª posição. Mas se os erros que vem cometendo não forem corrigidos, não poderá sonhar com o tetracampeonato sul-americano. Wellington precisa ter um substituto à altura – não adianta só aguardar o retorno de Fabrício. E Cortez e Douglas têm de aprender a atuar na linha defensiva de quatro jogadores.

O que deu certo pela segunda vez seguida foi a pressão do ataque à defesa adversária. Assim como contra o Fluminense, rendeu falha da zaga do Grêmio, e gerou o pênalti convertido por Rogério Ceni. E ainda há quem queira aposentar o goleiro… O São Paulo só resistiu um pouco no segundo tempo por conta da atuação do camisa 01.

O São Paulo precisa durar mais. Não adianta o bom começo se o elenco não aguenta as substituições e a mudança de ritmo da segunda etapa. No Brasileirão, estas falhas são perdoadas. Na Libertadores, jamais. No último ano de Rogério Ceni, a grande aspiração de torcida e diretoria são-paulinas não pode correr risco em 2013 por erros assim.