Deu a lógica.

O São Paulo fez a lição de casa e bateu o lanterna. Coloquei 1×0 no Bolão. Deu 2×0.

Luis Fabiano desperdiçou um pênalti e a liderança na artilharia. Osvaldo e Paulo Miranda foram compensados com gols. Merecido.

O Tricolor voltou a mostrar um belo ritmo no primeiro tempo, marcação avançada, entrega, aplicação, futebol coletivo, depois tirou o pé e administrou o resultado de forma inteligente. Perfeito, a reta final exige fôlego.

Enquanto isso o Vasco levou duas viradas no clássico contra o Botafogo.

Após a 23a rodada, olhando a tabela, analisando confrontos e elencos, havia uma clara tendência do São Paulo ultrapassar o Vasco. Esta situação foi prevista aqui no Blog.

Assim, depois de 22 rodadas com Ney Franco o time subiu uma posição.

A media de 57,97% com Ney Franco não seria suficiente. Leão + Milton Cruz era 62,5%. Além de fazer a sua parte, óbvio, a queda do Vasco e a tabela recente ajudaram muito.

Conforme previsto aqui, o Vasco foi abrindo o bico. O time ficou 54 rodadas no G-4. Não é fácil manter a pegada durante dois anos. O elenco enfraqueceu. Rômulo e Diego Souza sairam. Jogar com Pipico, John Clay e Marlone é dose. O time perdeu os últimos 3 jogos.

Enquanto o Vasco foi perdendo força, o Tricolor passou a contar com sua força máxima.

Ceni, Douglas, Wellington e Luis Fabiano passaram o primeiro semestre no DM. Rodholfo e Osvaldo enfrentaram contusões. Tolói não existia. Lucas ficou nas Olimpíadas. Era óbvio que quando todos estivessem a disposição o SPFC ficaria muito forte.

Além da qualidade individual, dissemos aqui que a tabela seria favorável ao São Paulo.

Nos últimos 7 jogos o Tricolor enfrentou em casa: Figueirense, Lusa, Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-GO. Bela tabela. Era uma obrigação ganhar destas equipes com o elenco atual.

A única surpresa foi a vitória contra o Vasco, com atuação fantástica do Rogério Ceni.

E agora? Bom, agora o buraco é mais embaixo.

Ney Franco apanhou no início. Não conhecia o elenco. Escalou muito mal. Mexeu mal. Perdeu jogos decisivos em casa contra Vasco e Grêmio, teimoso, queria só um volante, jogava aberto e após 10 partidas não passou de 50%. Perdeu 5, ganhou 4, empatou 1.

Aos poucos, técnico adaptado, elenco treinado, o trabalho foi melhorando.

Quando escalou o óbvio, Denilson e Wellington, o time mudou. Virou a melhor defesa do returno. Somado a isso o treinador, estudioso e atualizado, foi implantando sua filosofia, treinou os atacantes marcando forte na frente e manteve sua postura ofensiva.

O time vive sua melhor fase na temporada, mas a tabela agora é desfavorável.

Grêmio e Atlético-MG jogarão 4 em casa, 3 fora. O São Paulo jogará 3 em casa, 4 fora.

Para garantir a Libertadores pelo Brasileirão, além de reverter o fraco retrospecto como visitante o São Paulo vai precisar torcer para que os rivais tropecem em casa.

O Grêmio ainda larga com 3 pontos de vantagem, o Galo 5.

Nos próximos 4 jogos, o Grêmio sai contra o Bahia e recebe Coritiba, Ponte e São Paulo. São três adversários “ganháveis” e um confronto direto em casa. É uma vantagem. O São Paulo sai contra Flamengo, Sport e Grêmio. O único em casa é contra o líder Fluminense.

Complicado. Não será fácil ultrapassar o Grêmio.

O Galo tem Flu e Fla em casa, Coxa e Vasco fora. Tabela chata, mas 5 pontos na frente.

O São Paulo terá muita dificuldade chegar em terceiro na 35a rodada.

Vamos aguardar.

O Brasileirão de pontos corridos está repleto de decisões.