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Ney Franco, técnico do São Paulo, quer segundo lugar e diz: “Não podemos dar um passo para trás”

O São Paulo não pode regredir, A meta é disputar a final da Copa Sul-Americana com a vaga assegurada na Libertadores da América do ano que vem. Para isso, o time precisa manter a eficiência de quem não sofre gols há três jogos e vem resolvendo as partidas

Nesta segunda-feira, o treinador tricolor deu uma palestra no Centro de Treinamento do São Paulo em Cotia. Ele com o pessoal da base, no dia de descanso dos jogadores. Afinal, o time profissional anda bem. Entrou para o G4 do Campeonato Brasileiro, vem de uma sequência de vitórias e agora tentar subir na classificação.

O objetivo é chegar ao segundo lugar do Brasileiro. Ney acha que o título está “muito na mão do Fluminense”, mas vê possibilidade de sair do torneio como vice-campeão.
Em, conversa com o Blog do Boleiro, o técnico do São Paulo fala sobre a estreia de Paulo Henrique Ganso (“não vamos expor o Ganso antes do tempo”), sobre as mudanças que realizou no time e sobre as mudanças no esquema tático, que tem provocado elogios dos dirigentes.

“Viu como melhorou. O time está encorpado, jogando em bloco”, disse o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes.
Blog do Boleiro – O que o São Paulo está fazendo para abrir vantagem nos primeiros 25 minutos?

Ney Franco:

Nós adiantamos a marcação da equipe. Os três setores – defesa, meio e ataque – estão mais próximos e podemos variar o momento de pressão sobre o adversário e jogar mais atrás para tentar o contra-ataque. Hoje temos jogadores de velocidade que funcionam bem nesta saída rápida para o ataque. Mas antes de tudo, vale a disposição dos jogadores, que compraram a ideia e estão se dedicando. A entrega é grande. E precisa continuar assim, nesta reta final.

Mesmo assim, o time mostra queda de ritmo na segunda etapa. O que acontece?

É natural que isso ocorra. Não dá para marcar em cima o adversário o tempo todo com esta intensidade. Ainda mais num estádio como o Morumbi que tem um campo longo e largo, nas medidas máximas permitidas pela regra. O time cansa se seguir. Tem que variar, saber esperar o adversário e sair em contra-ataque. Contra o Palmeiras e o Figueirense , esta estratégia de jogo funcionou. O Rogério Ceni quase não foi acionado e o time teve o controle da partida nos 90 minutos. A exceção foi o Vasco da Gama, que obrigou o Rogério Ceni a participar bastante. Mesmo assim, criamos duas boas oportunidades com o Jádson e o Osvaldo.

Neste segundo turno, a defesa sofreu cinco gols contra 24 no primeiro. Nos três últimos jogos, Rogério Ceni não foi vazado. O que mudou?

Esta compactação é um dos motivos. Mas o time não toma mais gols de bola parada. Trabalhamos muito isso nos treinos. E o que ajudou muito foi a chegada de dois atletas na defesa: o Paulo Miranda na lateral direita e a volta do Wellington. A equipe está bem equilibrada.
Quando você optou por Paulo Miranda na lateral?
No jogo contra a Ponte Preta, quando montei um esquema 3-5-2, o Paulo Miranda começou como zagueiro e o Paulo Assunção como volante, fazendo a lateral-direita. Depois, puxei o Assunção para o meio e o Paulo Miranda caiu ali na lateral direita.Vi que ele tinha potencial no setor. Se a gente insistisse e ele comprasse a ideia poderia dar certo. O Paulo Miranda mostrou interesse e vem fazendo boas partidas dentro do jogo. Teve muito treino aí, mas deu certo para nossa alegria.
Outra adaptação que parece funcionar é Douglas na meia, no lugar de Lucas. Ele já tinha jogado nesta função no Goiás.
Com o Paulo Miranda na posição dele, comecei a observar que o Douglas tinha perfil para fazer a função do Lucas. Nos treinos, deu para sentir que poderia dar certo. Contra o Palmeiras, no segundo tempo, tirei o Jádson, trouxe o Lucas para a armação e o Douglas foi para a direita. Em dois lances ele chegou no ataque muito bem. Neste jogo contra o Figueirense, ele já fez gol. Contra o Vasco, ele já tinha ido muito bem. A presença dele dá consistência também na marcação, porque ele não deixa o lateral esquerdo adversário avançar livre.
O Lucas vai voltar. E volta ao time?
Lógico. Estamos falando de um jogador diferenciado, que só saiu porque está na seleção brasileira. Os números dele no São Paulo são impressionantes. O índice de vitórias com ele é muito alto. Mas de repente, podemos utilizar Lucas, Osvaldo e Douglas, quando necessário.
O que o time precisa melhorar?
Mesmo sendo estratégia de jogo, o time precisa render melhor no segundo tempo. Agora, com os números, não dá para brigar. Nos últimos seis jogos pelo Brasileiro, foram cinco vitórias e um empate. E mesmo este empate com o Coritiba aconteceu em condições precárias. Tivemos que viajar até o Equador para enfrentar a LDU de Loja. Foram 20 horas de ida e 20 de volta, já na sexta-feira. No sábado treinamos e no domingo enfrentamos o Coritiba.
Dá para aumentar a pressão sobre o adversário?
É o que estamos procurando: intensificar mais no segundo tempo. Mas não posso reclamar. Nos três últimos jogos foram sete gols marcados e nenhum sofrido. Na verdade, quero o time mais atento.
Não podemos regredir, dar um passo para trás. Acho que temos condições de brigar para alcançar Grêmio e Atlético Mineiro, chegar em segundo lugar.

E ser campeão?
Seria uma maravilha. Mas eu acho que que o título desta ano está muito na mão do Fluminense. Nas próximas rodadas, podemos nos aproximar do segundo e terceiro colocados. Até porque, o Fluminense vai fazer confrontos diretos contra Grêmio e Atlético Mineiro. Precisamos vencer o Atlético Goianiense na quinta e depois o Flamengo. Já estaríamos em ótimas condições.
Se o título Brasileiro está “muito na mão do Fluminense”, a Copa Sul-Americana é o torneio a ser conquistado?
É o que queremos. Queremos chegar no dia 12 de dezembro disputando o título e, de preferência, com a vaga na Libertadores de 2013 assegurada. Seria ótimo fechar a temporada com um título internacional.
Com o Paulo Henrique Ganso jogando?
Olha, ele está fazendo tratamento intensivo. Todo o pessoal do Reffis (centro de recuperação física e fisioterapia do São Paulo) está mobilizado para cuidar dele e coloca-lo em condições de jogar ainda nesta temporada. Eu não estrou forçando a barra. Eles podem trabalhar com tranquilidade, até porque o Ganso precisa seguir alguns procedimentos. Quando for liberado pelo Departamento Médico, ele vai trabalhar com os preparadores físicos. Não queremos expor o Ganso de qualquer maneira. Ele precisa pegar ritmo de jogo antes.

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