A fragilidade na bola aérea voltou a assustar o São Paulo. Na derrota para o Fluminense, em São Januário, na quinta-feira passada, os gols de Leandro Eusébio e Fred saíram dessa maneira. O fato se repetiu no tropeço diante do Grêmio, quando Werley deixou sua marca após cobrança de escanteio e André Lima garantiu a vitória, após novo cruzamento na área e toque de Kleber. Vale lembrar que dos 20 gols sofridos pela equipe até agora no Campeonato Brasileiro, dez foram dessa maneira.

Sem tempo de fazer muitos ajustes, o técnico Ney Franco dedicou o treino desta terça para tentar corrigir as deficiências. As câmeras de televisão tiveram de ser desligadas. Durante aproximadamente meia hora, Ney Franco trabalhou a bola aérea defensiva. Primeiro, treinou o posicionamento em cobranças de escanteio. Na sequência, trabalhou as faltas. O treinador falou o tempo todo, assim como o goleiro e capitão Rogério Ceni, que tem mostrado irritação com tantos vacilos defensivos.

Nesta quarta-feira, contra o Náutico, no Recife, Rafael Toloi, que vinha sendo o melhor dos três zagueiros, estará de volta ao time. O técnico espera que isso faça a equipe evoluir. O jogador falou sobre o assunto e disse que, para melhorar, não existe remédio: muito treino e atenção durante as partidas.

– Treino é bom para isso. Falamos que é preciso ter um pouco de mais de concentração. Nossa equipe é boa, mas é preciso manter a atenção durante o jogo todo. Em determinado momento, vacilamos e pagamos caro por isso. Contra o Grêmio, fizemos uma boa partida e merecíamos ter vencido, mas infelizmente perdemos – disse Toloi.

O polivalente Cícero, peça importante na bola aérea, diz que não adianta treinar se chegar na hora da partida e cada um não fizer a sua parte.

– Não adianta treinar duas ou três horas, tem de ter atenção na hora do jogo. Cada um sabe o que tem que fazer. Agora tem que procurar fazer para não tomar gol, né – afirmou Cícero.