Emerson Leão escalou contra o Ituano o São Paulo como um treinador que não conhece seus jogadores. Mas mudou no intervalo como quem sabe com quem está lidando. Escalar Cícero de costas e Fabrício sem ritmo foi um erro. Tirar o camisa 8, colocar Jadson, e recuar Cícero fez total diferença.

Depois de um primeiro tempo sofrível, em que levou gol de Anderson Sales e Rhodolfo fez outro contra, a etapa final foi totalmente diferente e o Tricolor venceu de virada por 4 a 2. O trio de frente se movimentou e conseguiu sair da marcação do Ituano, que era eficiente. Muito pela apatia dos tricolores. Lucas foi o mais empolgado e não poupou os rivais com sua ginga.

A entrada de Jadson foi fundamental. Diferentemente do que ocorreu contra o Catanduvense, o camisa 10 se apresentou, buscou a bola no meio, caiu pelos lados e, de quebra, foi preciso na bola parada. Em duas, Rhodolfo aproveitou e colocou para dentro. O zagueiro se reabilitou do gol contra e limpou a barra da zaga, já que Paulo Miranda havia errado o tempo de bola em gol que Denis não pôde evitar.



Se Leão projetava um São Paulo melhor em abril, foi o que se viu em 30 minutos. Lucas, aos 21, soltou a bomba e virou. Nove minutos depois, também de longa distância, Willian José, que não marcava há um mês, voltou a balançar redes.

O Novelli Junior foi ao delírio com cada gol marcado. Apesar de jogar fora de casa, o apoio dos pouco mais de 10 mil torcedores foi quase geral. Prova disso é que no aquecimento, os jogadores do Ituano chegaram a ser vaiados. A cada drible de Lucas, gritos nas arquibancadas. Na cambalhota de Rhodolfo, emoção. Quando Jadson arrumava a bola para bater falta, expectativa de aumentar o placar.

O São Paulo conseguiu a nona vitória seguida e se manteve na liderança do Paulistão Chevrolet. Com futebol empolgante, fez um segundo tempo perfeito, em que soube se proteger atrás, mas também agredir com frequência. Crescendo a cada partida, se mantiver a mesma apresentação de ontem, o título Estadual pode ser realidade.