Enquanto o São Paulo preferiu deixar o camisa 10 Jadson treinando na capital paulista, o Independente usou - e abusou - do seu (Gian) para garantir o jogo da volta, no Morumbi, e ainda sair de campo com um gol mal anulado. A partida, que terminou 1 a 0 para o Tricolor, aconteceu na noite desta quarta-feira (7), no Mangueirão pela primeira rodada da Copa do Brasil.

A derrota pelo placar mínimo não abalou os mais de 25 mil torcedores que estiveram no Mangueirão. Já no segundo tempo, quando o Independente já tinha visto o gol de Thiago Floriano ser anulado apesar de ter sido legal e o São Paulo já ter feito o gol da vitória com a arrancada de Cícero, a torcida belenense chegou a ensaiar, inclusive, um 'olé' em uma troca de passes entre Fidélis, Marçal e Gian.


Enquanto que no time comandado por Emerson Leão o discurso após o jogo era de tristeza por não ter conseguido eliminar o jogo da volta, no Independente os sorrisos eram fáceis, já que, além de ir ao Morumbi, o Galo ficará com toda a renda do jogo e os jogadores dividirão ainda um 'prêmio especial' - como definiu o presidente Deley Santos - no valor de R$ 50 mil.


1º tempo - O São Paulo começou com a bola e tentou o gol logo no primeiro ataque, quando Bruno Cortez - que passou pelo Paysandu no início da carreira quando ainda jogava como meia e era chamado de Bruno Negão, aos 20 anos de idade - foi lançado no corredor canhoto e jogou a redonda na área para Luís Fabiano, que tentou completar para o gol e foi travado por Alexandre Recife.


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Porém, se o São Paulo tentou marcar no primeiro ataque, o Independente conseguiu deixar a redonda em redes tricolores, mas... Em uma jogada pela direita, que a bola parou no pé esquerdo de Gian, dentro da área, o Galo chegou ao gol com Thiago Floriano, que recebeu o passe na marca do pênalti e bateu na saída de Denis. O árbitro do jogo Suelso de França Medeiros (RN) marcou o impedimento do camisa 11 e anulou o gol legítimo do Independente.


Dois minutos depois o São Paulo voltou ao ataque com perigo pela esquerda. Luís Fabiano recebeu no meio e deixou para Fernandinho, que lançou Lucas. O camisa 7 entrou na área e bateu de esquerda para outro corte de Alexandre Recife.


Se o trio formado por Fernandinho, Lucas e Luís Fabiano não funcionava, Cícero resolveu mostrar serviço e arrancou com a redonda sozinho da intermediária de defesa até o ataque. Passou de quatro marcadores e bateu da entrada da árae tucuruiense no canto de Dida, que se esticou todo, mas não impediu a comemoração tricolor no gramado e em grande parte das arquibancadas.


Aos 32 minutos, o São Paulo chegou perto do segundo gol em uma cobrança de falta do jovem Casemiro, que continua em busca do bom futebol apresentado em 2011. O volante ajeitou a redonda e mandou um torpedo que parou no travessão do goleiro Dida.


2º tempo - No retorno ao gramado do Mangueirão, o São Paulo passou a ser chamar Lucas. O camisa 7, em duas oportunidades logo no início do segundo tempo deixou a torcida do Independente preocupada. No primeiro, aos cinco minutos, Lucas recebeu a redonda na intermediária e resolveu arriscar. A pancada saiu próxima ao ângulo direito de Dida, que nem se moveu. Dois minutos depois, o garoto foi acionado por Cícero, passou de dois, entrou na área e bateu de esquerda, já sem equilíbrio, para fora.


O Independente, com a bola nos pés e a experiência de jogadores como Marçal, Fidélis e o próprio Gian - que, aos 37 anos, após já ter inclusive anunciado sua própria aposentadoria, foi meia armador, meia atacante e até lateral esquerdo no jogo -, conseguiu manter o placar inalterado e deixou o São Paulo com a obrigação de tentar algo.


Do outro lado do campo, Emerson Leão entendeu o recado e lançou os atacantes Oswaldo e Willian José, além do meia Maicon, mas a maior chance que conseguiu ter no segundo tempo foi em uma jogada realizada após um levantamento na área, que terminou com um domínio de bola errado de Willian José. A bola foi direto nas mãos de Dida.