Após a frustração por não se classificar para a Copa Libertadores, a diretoria do São Paulo tenta dar um presente de Natal para sua torcida. A expectativa é a contratação de um meia de impacto, que chegue para resolver o problema da equipe. E o tal salvador da pátria é Thiago Neves. O JT apurou que o jogador é o sonho de consumo da cartolagem tricolor, mas a negociação caminha para uma longa novela.

Tudo porque os valores envolvidos não são pequenos. Longe disso. O Tricolor terá de contar com a ajuda da BMG para contratar o meia, ídolo do Al Hilal, da Arábia Saudita. O jogador interessa também ao Fluminense e ao Flamengo. O Tricolor carioca até já teria acertado com o jogador, que voltaria pela segunda vez ao clube. Porém, com o interesse do São Paulo, a negociação esfriou e o acordo foi adiado.

No meio do ano, o Flamengo entrou em contato com o empresário do atleta, Léo Rabello. Só que o acordo não foi adiante porque o príncipe Abdul Rahman Bin Musaid, dono do Al Hilal, não quis liberá-lo, alegando que o time estava disputando a Copa dos Campeões da Ásia, competição que dava vaga para o Mundial de Clubes. Mas Thiago Neves recebeu a garantia que em janeiro poderia ser liberado por empréstimo, caso aparecesse uma proposta tentadora.
O meia está louco para voltar. “Ele quer jogar no Brasil para poder ser visto pelo Mano (Menezes, técnico da Seleção). Ele está arrebentando lá, mas ninguém vê”, explicou Rabello.

O interesse em Thiago Neves não é novo. No começo de 2009, o São Paulo tentou seu empréstimo. Ele não estava bem no Hamburgo, da Alemanha, mas acabou retornando ao Flu, onde foi vice-campeão da Libertadores em sua primeira passagem. Em julho deste ano, uma nova investida da diretoria são-paulina e mais uma vez a negociação foi frustrada. O vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, conversou com Rabello.

Com 25 anos, Thiago Neves tem o perfil que a diretoria tricolor sonha para um camisa 10, vaga desde a saída de Hernanes. Ele é habilidoso, canhoto e decisivo. É o único jogador na história da Libertadores que marcou três gols em uma final. Foi contra a LDU, em 2008.

“A negociação é complicada pelos valores. Realmente um clube só vai conseguir contratá-lo com ajuda de empresa. Ele jogando mal já é difícil de tirar de lá. Estando bem, então, é pior ainda”, alertou Rabello, que tenta a todo custo repatriar o meia.

No São Paulo, ninguém comenta o assunto. Leco foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações. Também o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, não retornou as ligações. Na quinta-feira, ele adiantou apenas que o reforço é brasileiro e que sua transferência é bem complicada.