Crédito: Maurício Val/VIPCOMM
Vou entrar hoje em um assunto espinhoso e sei que serei criticado por muitos de vocês, mas não posso me eximir de postar sempre o que penso nesse nosso espaço.
Vou escrever sobre minha relação com aquele que costumo chamar de time da marginal sem número.
Mas hoje, meus amigos, abrirei uma excessão e o chamarei pelo nome de batismo: Sport Clube Corinthians Paulista, afinal nosso rival completa 100 anos de vida.
Minha paixão pelo futebol, nascida nos distantes anos 70, começou movida não pelas conquistas e títulos memoráveis do nosso tricolor. Para dizer a verdade, nem entendia direito o que era ser campeão.
O que eu sentia na pele naqueles tempos era a alegria e tristeza pelas vitórias e derrotas contra os nossos principais rivais.
Eu só queria saber dos jogos contra Corinthians e Palmeiras disputados nas tardes de domingo.
A cada clássico jogado no Morumbi ou Pacaembu, as ruas da minha querida Vila Madalena, muitas delas ainda de paralelepípedo, se transformavam em palcos de brigas entre amigos de longa data, ou melhor, nem tão longa assim, afinal tinhamos todos 7, 8 ou no máximo 9 anos.
Joelhos ralados, alguns olhos roxos, e a paixão pelo futebol e pelos três grandes times da cidade crescendo. Entre um jogo e outro, continuavamos amigos inseparáveis, pensando nas belas meninas do bairro, nas próximas peladas de rua, naquela prova dura de Matemática.
Veio a adolescência, as brigas de rua se foram, mas vieram as gozações no colégio. Eram os tempos de Valdir Perez e Serginho, de Sócrates e Zenon, e de desculpem os palmeirenses, de Aragones e Ivo.
Só quem vive o clássico Majestoso sabe o que ele é, as alegrias das vitórias inesquecíveis, o sofrimento das derrotas que queremos esquecer, a expectativa pelo próximo jogo.
Daí a importância que dou às rivalidades do futebol.
Confesso que me irrita essa história, cada vez mais frequente na imprensa esportiva, que cada jogo vale 3 pontos.
Jogo contra o Juventus vale 3 pontos, contra o Corinthians e Palmeiras a vitória vale no mínimo dez vezes mais e, tenham certeza, a minha tranquilidade na segunda-feira.
O Corinthians é grande, tem uma imensa e apaixonada torcida, merece o nosso respeito pela história que construiu ao longo desses 100 anos de vida.
Pronto, disse…
Voltando à amizade surgida na infância vivida nas ruas da Vila Madalena, ela continua até hoje.
Agora, somos todos respeitáveis senhores de pouco mais de 40 anos, tricolores, corintianos e palestrinos, que ficam roucos de tanto gritar ao redor de uma mesa de bar, entre uma cerveja e outra, a cada fim de semana.
Afinal, temos que defender as cores do time que faz nosso coração bater mais forte desde que nascemos.
Nesse momento, tudo que escrevi acima é esquecido, e me desculpem amigos corintianos, vocês voltam a ser apenas os torcedores do time da marginal sem número.
Fazer o quê, rivalidade é isso.
Crédito: Maurício Val/VIPCOMM
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