Baresi se reencontrou com Ceni após ser alçado ao cargo de técnico do São Paulo. Há 17 anos, ambos eram titulares da equipe que bateu o Corinthians na final da Copa São Paulo (Crédito: Edu Garcia/Agencia Estado/25jan1993)
Para quebrar um incômodo tabu de três anos diante de um dos maiores rivais, é normal que se aposte em seu técnico e em seu goleiro, também capitão, ídolo e, por vezes, artilheiro da equipe.
Sérgio Baresi e Rogério Ceni são trunfos do São Paulo para evitar o décimo jogo consecutivo sem vitória sobre o Corinthians. No próximo domingo, ao entrarem no Pacaembu, é provável que os dois se lembrem de uma cena bem antiga.
Há mais de 17 anos, Sérgio havia ganhado há pouco o apelido do zagueiro italiano e Rogério nem usava o sobrenome no futebol. Mas já faziam parte de um time vencedor.
A dupla era titular do Tricolor campeão da Copa São Paulo de Juniores. Em 1993, a vitória por 4 a 3 diante do Corinthians, no mesmo Pacaembu, decretou o primeiro título da competição mais importante da base ao clube do Morumbi.
Goleiro e zagueiro atuavam próximos um do outro e sofreram com a força do ataque alvinegro, que balançou as redes são-paulinas três vezes. Os três gols de Jamelli e sua assistência para Catê, entretanto, garantiram a conquista. Agora, Ceni e Baresi têm a missão de triunfar novamente na casa do arquirrival.
– Essa rivalidade é normal, estamos em uma situação incômoda, outras equipes vivenciaram isso. O mais importante é termos cautela e sabermos onde podemos chegar. E nós sabemos onde queremos chegar – afirmou o técnico iniciante.
A medalha de campeão contra o Corinthians é um dos poucos, talvez o único ponto em comum das carreiras do goleiro e do técnico. Sérgio Baresi já havia disputado três jogos pelo time profissional e, depois do título nos juniores, entrou em campo mais cinco vezes.
Já Rogério Ceni estreou meses depois, em 1993, e até hoje brilha com a camisa são-paulina. No último domingo, atingiu a marca de 919 partidas pelo clube. Em 2005, o goleiro-artilheiro marcou pela primeira vez contra o Corinthians justamente no Pacaembu, na goleada por 5 a 1, em cobrança de pênalti.
Com o tabu desfavorável e 11 pontos atrás na classificação do Campeonato Brasileiro, o São Paulo tem direito de se apegar às lembranças de 93 para tentar a volta por cima. Com Ceni e com Baresi.
Ceni e Baresi juntos
14 de agosto de 1994
Em Belém, Telê Santana poupou titulares para a Libertadores. Rogério Ceni e Sérgio Baresi, improvisado como volante, atuaram juntos pela primeira vez no time profissional no 0 a 0 contra o Paysandu.
18 de agosto de 1994
Juninho marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG no Morumbi. Mais uma vez, Ceni e Baresi tiveram chance de atuar juntos em razão da Libertadores.
20 de agosto de 1994
O Expressinho naufragou no Rio ao perder por 4 a 0 pelo Botafogo: último jogo de Baresi pelo São Paulo. Ceni seria campeão da Conmebol meses depois.
FICHA TÉCNICA DA FINAL DA COPINHA
São Paulo 4 x 3 Corinthians
ESTÁDIO: Pacaembu, São Paulo (SP)
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Pavão, Sérgio Baresi, Nélson e André Luiz; Mona, Pereira e Robertinho; Catê, Jamelli (Douglas) e Toninho T: Márcio Araújo
CORINTHIANS: Marcos, Antônio Carlos, Gino, André Santos e Silvinho; Embu, Fabinho e Marques; Ricardinho (Renato), Ergos (Caio César) e Hermes T: Ivan Silva
GOLS: 16’ 1ºT> Jamelli (1-0) 30’ 1ºT> Catê (2-0) 35’ 1ºT> Marques (2-1) 6’ 2ºT> Marques (2-2) 17’ 2ºT> Jamelli (3-2) 29’ 2ºT> C. César (3-3) 34’ 2ºT> Jamelli (4-3)
Crédito: Wagner Carmo/VIPCOMM
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