Ricardo Oliveira marcou seu primeiro gol após o retorno ao Brasil no último fim de semana, e é a grande esperança do São Paulo para o jogo decisivo contra o Inter, na próxima quinta-feira, às 21h50min, no Morumbi. Nada que assuste o capitão Bolívar. Questionado se o novo centroavante do São Paulo pode fazer a diferença, o zagueiro esbanjou confiança:

— Ronaldo e Romário, quando jogavam, faziam a diferença. Não posso tirar a qualidade do Ricardo Oliveira, que é um grande jogador e está voltando em busca de espaço, mas ele não vai decidir nada sozinho. Até porque a gente não vai dar espaço. Lá vamos ter atenção mais redobrada ainda. Se a gente conseguir manter uma regularidade nos 15 minutos iniciais, isso vai fazer a diferença.

Às vésperas do importantíssimo jogo de quinta-feira, o capitão do Inter vive grande momento. Destaque na conquista da Libertadores de 2006, o zagueiro diz que sua fase atual é ainda melhor.

— Passei dois anos na França, onde adquiri muita experiência, maturidade, uma bagagem muito importante que faz a gente crescer em momentos decisivos. Em 2006 dava aquele friozinho na barriga, mas não com tanta frequência, porque na época tudo era novidade. Agora estamos calejados, vivemos decisões intensamente. Vamos fazer um grande jogo e buscar a classificação.

Em relação ao time, a avaliação é a mesma. O de 2006 era bom, mas o de 2010 é melhor.

— Acho que tem muita coisa em comum. Este ano o plantel é mais qualificado, o Gre-Nal foi uma prova disso. Conseguimos jogar com quatro ou cinco jogadores que não são considerados titulares. A diferença é que em 2006 estávamos buscando esse objetivo, como alguns jogadores hoje estão, já eu e outros companheiros queremos ter este gostinho novamente.

O Inter volta aos treinos na tarde desta segunda-feira. Com os retornos de Nei, Kleber, Tinga, D'Alessandro, Taison e Alecsandro, Celso Roth começa a definir a equipe para a decisão.