Pelo menos um coração estava dividido na noite desta quarta-feira: o de Lela, pai de Richarlyson e Alecsandro. Com um filho defendendo o São Paulo e outro lutando para marcar um gol pelo Internacional no duelo no Beira-Rio, pelo primeiro jogo das semifinais da Libertadores, o ex-jogador deve ter ficado feliz ao ver os irmãos se abraçarem com muito carinho após a execução do Hino Nacional, durante o cumprimento dos dois times. Mas quando a bola rolou, o pai deve ter sofrido com a dura falta que Ricky fez no mais velho logo no primeiro minuto de jogo. Os laços de família estavam rompidos, pelo menos por 90 minutos.
Richarlyson estava na casa do inimigo: ao ter o nome anunciado no sistema de som do Beira-Rio, foi fortemente vaiado, só perdendo para Fernandão, que já foi ídolo colorado. Em contrapartida, o irmão ouvia o forte coro por seu nome como uma mensagem de esperança. O caçula carregava uma vantagem: das sete vezes que enfrentou o camisa 9 na carreira, venceu seis e empatou uma. Seria o dia do parente colorado comemorar a primeira vitória?
Alecsandro era marcado de perto por Miranda e Alex Silva, que se revezavam na função. Mas era só o atacante recuar um pouco mais que se deparava com o irmão, atuando como primeiro volante, e que tinha uma pegada até exagerada em alguns momentos. Aos 18, ele deu uma entrada forte em D'Alessandro e respirou aliviado ao ver que o árbitro não puxou o cartão amarelo do bolso. O pilhado camisa 20 do Tricolor Paulista parece ter aprendido a lição, e diminuiu a caçada. Também tentou ter seu dia de atacante ao receber uma bola lançada pela esquerda, mas carimbou a placa de publicidade. O camisa 9 de ofício, que vestia vermelho, dava muito trabalho para Rogério Ceni. Obrigou o goleiro a fazer defesas pontuais e sempre apareceu bem na área para ajudar os companheiros nas jogadas ofensivas.
Primeiro tempo bom para o pai dividido
Com o fim do primeiro tempo e o 0 a 0 no placar, Lela certamente comemorou o empate, rezando para que, mesmo que saísse um vencedor ao fim do jogo, seus filhos não pisassem na bola. Cada irmão saiu para um lado no intervalo, sem cumprimentos ou conversas. No retorno, mais concentração. A dupla estava separada por mais 45 minutos.
Com a bola rolando novamente, Alecsandro participava da pressão inicial do Inter na segunda etapa. Eficiente em puxar a marcação, o camisa 9 arrancou aplausos do torcedor ao dar um chapéu em Hernanes. Ricky observava tudo de perto. E seguia tentando destruir o sonho colorado de marcar um gol nesta primeira partida. Sem trocas de olhares ou sorrisos, os irmãos pareciam estranhos. Ricky recebeu, aos 15 minutos, aquele cartão que já deveria ter chegado no primeiro tempo, novamente por falta dura em D'Alessandro. Mais vaias caíram sobre a cabeça do camisa 20, que suportava o papel de vilão diante da torcida adversária.
A alegria de um membro da família começou a ser desenhada com a entrada de Giuliano no lugar de Andrezinho, aos 19. Três minutos depois, Alecsandro ajeitou a bola para o predestinado reserva, que girou e acertou o canto direito de Ceni. O gol do Inter saiu, os jogadores comemoraram diante da torcida vermelha e os atletas do São Paulo, desolados, observaram a festa.
O técnico Ricardo Gomes resolveu mexer no time para tentar uma reação e quem foi o sacrificado? Richarlyson. Aos 26, ele saiu para a entrada de Cléber Santana. Foi mais cedo para o chuveiro esfriar a cabeça após uma noite que gostaria de esquecer. Alecsandro seguia em campo participativo e empolgado, pronto para, pela primeira vez, vencer o irmão em um duelo pessoal. A noite de alegria enfim foi do camisa 9. Restará a Lela parabenizar o mais velho e consolar o caçula. Mas a história da família não acabou. O reencontro já está marcado para dia 4 (quinta-feira), no Morumbi. Se um dos dois for campeão da Libertadores, o outro terá que viajar para o Mundial de Clubes da Fifa, nos Emirados Arábes, no final do ano, para reforçar a torcida. E tudo ficará em casa.
Richarlyson estava na casa do inimigo: ao ter o nome anunciado no sistema de som do Beira-Rio, foi fortemente vaiado, só perdendo para Fernandão, que já foi ídolo colorado. Em contrapartida, o irmão ouvia o forte coro por seu nome como uma mensagem de esperança. O caçula carregava uma vantagem: das sete vezes que enfrentou o camisa 9 na carreira, venceu seis e empatou uma. Seria o dia do parente colorado comemorar a primeira vitória?
Alecsandro era marcado de perto por Miranda e Alex Silva, que se revezavam na função. Mas era só o atacante recuar um pouco mais que se deparava com o irmão, atuando como primeiro volante, e que tinha uma pegada até exagerada em alguns momentos. Aos 18, ele deu uma entrada forte em D'Alessandro e respirou aliviado ao ver que o árbitro não puxou o cartão amarelo do bolso. O pilhado camisa 20 do Tricolor Paulista parece ter aprendido a lição, e diminuiu a caçada. Também tentou ter seu dia de atacante ao receber uma bola lançada pela esquerda, mas carimbou a placa de publicidade. O camisa 9 de ofício, que vestia vermelho, dava muito trabalho para Rogério Ceni. Obrigou o goleiro a fazer defesas pontuais e sempre apareceu bem na área para ajudar os companheiros nas jogadas ofensivas.
Primeiro tempo bom para o pai dividido
Com o fim do primeiro tempo e o 0 a 0 no placar, Lela certamente comemorou o empate, rezando para que, mesmo que saísse um vencedor ao fim do jogo, seus filhos não pisassem na bola. Cada irmão saiu para um lado no intervalo, sem cumprimentos ou conversas. No retorno, mais concentração. A dupla estava separada por mais 45 minutos.
Com a bola rolando novamente, Alecsandro participava da pressão inicial do Inter na segunda etapa. Eficiente em puxar a marcação, o camisa 9 arrancou aplausos do torcedor ao dar um chapéu em Hernanes. Ricky observava tudo de perto. E seguia tentando destruir o sonho colorado de marcar um gol nesta primeira partida. Sem trocas de olhares ou sorrisos, os irmãos pareciam estranhos. Ricky recebeu, aos 15 minutos, aquele cartão que já deveria ter chegado no primeiro tempo, novamente por falta dura em D'Alessandro. Mais vaias caíram sobre a cabeça do camisa 20, que suportava o papel de vilão diante da torcida adversária.
A alegria de um membro da família começou a ser desenhada com a entrada de Giuliano no lugar de Andrezinho, aos 19. Três minutos depois, Alecsandro ajeitou a bola para o predestinado reserva, que girou e acertou o canto direito de Ceni. O gol do Inter saiu, os jogadores comemoraram diante da torcida vermelha e os atletas do São Paulo, desolados, observaram a festa.
O técnico Ricardo Gomes resolveu mexer no time para tentar uma reação e quem foi o sacrificado? Richarlyson. Aos 26, ele saiu para a entrada de Cléber Santana. Foi mais cedo para o chuveiro esfriar a cabeça após uma noite que gostaria de esquecer. Alecsandro seguia em campo participativo e empolgado, pronto para, pela primeira vez, vencer o irmão em um duelo pessoal. A noite de alegria enfim foi do camisa 9. Restará a Lela parabenizar o mais velho e consolar o caçula. Mas a história da família não acabou. O reencontro já está marcado para dia 4 (quinta-feira), no Morumbi. Se um dos dois for campeão da Libertadores, o outro terá que viajar para o Mundial de Clubes da Fifa, nos Emirados Arábes, no final do ano, para reforçar a torcida. E tudo ficará em casa.
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