De Vitor Birner

Vitória 3×2 São Paulo

O Vitória entrou em campo com mais pesonalidade e organização, e quebrou o tabu de 9 anos sem somar 3 pontos, em casa, diante do São Paulo.

A postura e o melhor trabalho tático realmente fizeram a diferença contra o time mais técnico.

Domínio do Vitória

Com Elkeson, Ramon e Schwenk adiantados, e os laterais Nino Paraibano e Egidio avançando de forma perigosa, o Vitória começou pressionando.

Logo no segundo minuto criou uma chance. Aos 11 Egídio obrigou Rogério a fazer difícil defesa. Aos 13, Elkeson, de cabeça, fez 1×0. Jean, na ala-direita, deu espaço para o cruzamento de Egídio. Seu companheiro subiu livre para balançar a rede. Sem novidades.

São Paulo apático e mal-planejado

O resultado era justo. O São Paulo entrou mole, desligado, sem iniciativa e principalmente mal posicionado e planejado.

Ricardo Gomes de novo apostou suas fichas na inteligência tática e capacidade técnica de Richarlyson. O volante-zagueiro-lateral iniciou marcando mais perto de Rodrigo Souto. Depois da desvantagem, voltou para formar a linha de 3 zagueiros.

Atrás no placar, os visitantes não demontraram capacidade de reação. Hernanes sumiu. Marlos e Dagoberto erravam bastante. Fernandão ficou isolado, pois ninguém levava a bola até ele.

Começaram os cruzamentos na área. Hernanes, de cabeça, perdeu excelente oportunidade aos 21. O Vitória, com Fernando, quase ampliou no lance seguinte.

Raro avanço de Jean rende empate ao São Paulo

Mesmo sem fazer nada de interessante, o São Paulo achou o empate. Jean raramente apóia o ataque. Graças ao placar adverso, arriscou alguns avanços e empatou aos 38.

Depois da igualdade, os anfitriões retomaram o controle das ações.

VItória volta ligado. São Paulo apagado

Chamou a atenção a diferença de ritmo dos times na volta do intervalo. O Vitória repetiu a pressão do começo da partida. E o São Paulo menteve a postura blasé.

Quando a garra enfrenta a indiferença, sabemos o que acontece.

Schewk, de cabeça, depois doutra falha do rival, de cabeça, devolveu a vantagem ao time que mostrava desejo de ganhar no primeiro minuto.

De novo atrás no placar, o São Paulo demorou para acordar.

Precisou tomar 3×1 depois do confuso Richarlyson, fora de posição, deixar espaço na esquerda para Ramon, aos 12, receber passe de Elkeson e ampliar cara a cara com Rogério Ceni.

Ricardo Gomes, na etapa complementar, usou Richarlyson na sobre da zaga, atrás de Xandão e Miranda.

Não aconteceu, mas o mundo sabe que se ficar ali será expulso e cometerá penalidades por causa da dificuldade de tempo de bola.

Por causa da invenção, se eu não tivesse visto bem Ricardo Gomes quando era zagueiro, teria dificuldade para acreditar que jogou em alto nível. Mas jogou.

São Paulo acorda.

Daquele instante em diante o São Paulo parou de enrolar e decidiu competir.

É isso mesmo. Não brilhou, contudo trocou a participação protocolar para disutar um jogo de futebol.

Fernandão, de cabeça, aos 16, em cobrança de escanteio, diminuiu a diferença.

O gol deu vida aos visitantes. O Vitória parou de contragolpear e sofreu para manter o resultado positivo. Usou até os gândulas (dois foram expulsos) bastante.

Fernandinho e Cleber Santana substituíram Dagoberto e Marlos. Aos 30, o atacante chegou na linha de fundo e cruzou para Fernandão desperdiçar o empate. O ex-Goiás e Internacional deu lugar ao Washington.

Até o fim o São Paulo atuou na frente, o rival não conseguiu mais contragolpear, e ninguém balançou a rede.