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São Paulo busca reabilitação após revés em casa


O São Paulo enfrenta neste sábado o Vitória, às 18h30, em Salvador, com o objetivo de apagar a má atuação do time na derrota para o Avaí por 2 a 1, na última quarta-feira.

Para isso, o técnico Ricardo Gomes exigiu que o time esqueça o jogo contra o Internacional, no dia 28, pela semifinal da Taça Libertadores. "Temos de jogar da mesma forma nas duas competições", declarou o treinador.

De fato, a comparação do desempenho do São Paulo no Nacional e na Libertadores mostra que a equipe é melhor no torneio continental.

E não só no aproveitamento dos pontos disputados --70% na Libertadores, competição em que o time está nas semifinais, contra 46% no Brasileiro, em que o São Paulo ocupa a nona posição.

A principal disparidade da atuação são-paulina nos dois campeonatos é a defesa. Apesar de a equipe fazer, em média, mais desarmes na competição nacional, o desempenho defensivo do time é superior na Libertadores.

Em dez jogos, só tomou dois gols --ambos na derrota para o Once Caldas (1 a 2), em fevereiro. Depois, foram mais oito jogos sem gols sofridos.

Por outro lado, no Brasileiro, já são oito gols tomados em oito jogos --a equipe não está nem entre as três melhores defesas do campeonato.

Parte da disparidade no desempenho do time se deve à escalação. Com Miranda e Alex Silva como dupla de zaga, a equipe não tomou nenhum gol na Libertadores. No Brasileiro, porém, o setor defensivo teve mais variações na escalação, por causa de suspensões e da contusão de Miranda, afastado antes da pausa para a Copa-2010.

O que também contribui para que a defesa são-paulina seja a melhor da Libertadores é o fato de, nesse torneio, o time perder muito menos bolas do que no Brasileiro. Entre as 20 equipes do Nacional, o São Paulo é a que mais deixa a bola escapar de seus pés, amargando, em média, 41,4 bolas perdidas.

Na Libertadores, o time perde, em média, 19% menos bolas do que no Nacional.

O ataque também é ligeiramente mais eficaz na Libertadores. Isso porque a pontaria do time é melhor: 35,9% dos chutes vão em direção ao gol. No Brasileiro, menos de um terço das tentativas de gol levam perigo ao adversário.

VITÓRIA
Viáfara; Nino Paraíba, Anderson Martins, Wallace e Egídio; Vanderson, Ricardo Conceição, Bida e Ramon; Elkeson e Schwenck. Técnico: Ricardo Silva

SÃO PAULO
Rogério; Miranda, Xandão e Richarlyson; Jean, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Junior César; Dagoberto e Fernandão. Técnico: Ricardo Gomes

Local: estádio Barradão, em Salvador
Horário: 18h30 (de Brasília)
Juiz: Marcelo de Lima Henrique (RJ)

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