Os três gols sofridos pelo São Paulo na vitória sobre o Santos, neste domingo, na Vila Belmiro, tiveram uma característica comum: aconteceram após bolas levantadas na área. Em relação aos quatro marcados pelo Tricolor, o destaque foi a colaboração do goleiro Felipe em dois deles, marcados por Washington (2º) e Rogério Ceni (4º).

Na visão do técnico Ricardo Gomes, as falhas que marcaram o clássico foram justamente o ponto alto do espetáculo. "Foi a bola parada que incendiou o espetáculo e os erros que deixaram o jogo aberto. Se não fossem eles, talvez estivéssemos falando agora de uma partida chata, monótona, e não de um verdadeiro clássico", opinou.

Apesar de ter 'aprovado' as falhas do jogo, Gomes, que em seus tempos de zagueiro cansou de defender a seleção brasileira, lembrou de outras partidas onde o sistema defensivo tricolor vacilou e prometeu seguir trabalhando forte para corrigir os defeitos do setor que já foi o melhor do país.

"Foram os dois gols de hoje (domingo), o contra o Atlético (Mineiro, derrota por 1 a 0) e o do Náutico (vitória por 2 a 1, nos Aflitos). Já fizemos algumas mudanças, mas temos que continuar trabalhando para melhorar a bola parada. Tem de mudar posicionamento e atitude, pois a bola está caindo muito perto do goleiro, mas é um trabalho mais visual do que no campo".

Autor do segundo gol são-paulino, o quarto do clássico, o atacante Washington também detectou o problema, mas, assim como Ricardo Gomes, considerou o ponto falho o menor dos males. "O São Paulo não costuma cometer esses erros, mas ainda bem que foi isso, pois dá para corrigir. Seria pior se o tieme tivesse jogado mal novamente", concluiu.