O presidente do São Paulo, Julio Casares, confirmou em um evento realizado no CT de Cotia, que está em negociações para firmar uma parceria com o magnata grego Evangelos Marinakis, proprietário do Nottingham Forest (Inglaterra), Olympiacos (Grécia) e Rio Ave (Portugal). Apesar de adotar uma postura cautelosa, Casares revelou que as conversas estão avançadas, abrindo espaço para um possível investimento nas categorias de base do clube. Ele destacou que Marinakis também demonstra interesse na compra da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco.

Casares enfatizou a importância de manter a calma durante as negociações. “Estamos conversando. É algo ainda embrionário, vou com muita calma, mas estamos caminhando bem para trazer um empresário ligado a plataforma esportiva, não só financeira. Imagina o São Paulo com o grupo dele, se isso caminhar dessa forma. Ele tem o Olympiacos, o Rio Ave, o Nottingham... Qualquer jogador de 15 anos vai falar: 'O São Paulo é uma ponte aérea mais próxima para a Europa'. Estamos buscando esse tipo de coisa”, declarou.

O presidente também apresentou um esboço da parceria pretendida, sem entrar em detalhes profundos. Segundo ele, a proposta envolve um investimento por parte de Marinakis, que teria uma participação menor na divisão dos jogadores da base, assegurando que a venda da base não está em pauta, pois representa um patrimônio do São Paulo. “O que estamos visualizando é um acordo operacional com 'revenue share', onde o investidor coloca dinheiro e participa, sendo importante ressaltar que os clubes que formam precisam ter uma participação maior”, explicou Casares.

O principal objetivo dessa possível parceria é aumentar o poder de investimento do São Paulo para a contratação de jovens talentos. “Hoje, a base vai para o mercado prévio, antes do profissional, e não é nesse mercado que conseguimos trazer jogadores. Outros clubes têm tido sucesso nesse movimento. Isso é mais fácil, pois você traz um jogador semi-pronto, indicado pelo scout, com capacidade de integrar o time profissional em um ou dois anos”, concluiu o presidente.