O São Paulo foi ao Rio com uma missão contra o Botafogo e pode dizer que a cumpriu. Nos primeiros 90 minutos da decisão, no Nilton Santos, o objetivo era sobreviver e levar a decisão para o Morumbis, na próxima quarta-feira. O empate sem gols , portanto, pode ser, sim, muito comemorado. Claro que não sairá da cabeça de Calleri, dos seus companheiros e de toda a torcida do São Paulo a chance claríssima de gol que foi desperdiçada pelo argentino na segunda etapa, num momento em que o time melhorou e poderia ter conseguido o 1 a 0. Mas, no todo, o Tricolor saiu no lucro no jogo. Foram 22 finalizações do Botafogo contra seis do São Paulo . O time de Arthur Jorge dominará os melhores momentos dos programas esportivos nesta segunda-feira. Mas, no fim das contas, tudo está como começou. Não há nada definido por aqui.
Na primeira etapa, o Botafogo esboçou um massacre ao São Paulo . Com muito volume ofensivo, imposição física e qualidade técnica, o Fogão enfileirou chances, parando no travessão, nas defesas de Rafael, numa pontaria mal calibrada e também nos zagueiros tricolores, que jogaram bem. Não é exagero dizer que, no apito que levou o jogo ao intervalo, o torcedor do São Paulo soltou um "ufa", de alívio. A pressão do primeiro tempo foi assustadora. Escalado num 5-4-1, o Tricolor foi a campo para travar o Botafogo, mas praticamente não conseguiu fazer isso. Novidade no time, William Gomes até tentou chamar o jogo, mas não se criou para cima da força física dos beques do Fogão. O São Paulo , porém, melhorou a partir do momento em que Zubeldía mudou a sua estratégia de jogo.
Aos 13 minutos, sacou Rafinha, colocou Wellington Rato em campo e retomou a linha de quatro, improvisando Alan Franco como lateral-direito. O time saiu de trás e ensaiou uma melhora. Até Lucas, completamente sumido no jogo, conseguiu aparecer, conduzindo bolas. Dez minutos depois, aos 23, Zubeldía melhorou ainda mais a equipe. Alan Franco deu lugar a Ferraresi, improvisado na lateral direita, e a dupla Lucas e William Gomes abriu vaga para Luciano e Michel Araújo. Foi o meia uruguaio que conseguiu o ótimo cruzamento que Calleri finalizou para fora.
O jogo acabou com um Botafogo já abatido, punido por sua ineficiência no primeiro tempo. O São Paulo , depois de uma subida de produção e de quase vencer o jogo, deixou o campo com a energia renovada. A próxima missão é ser impor ao Botafogo em casa, vencer e se classificar à semifinal. Se o domínio botafoguense no primeiro tempo assustou, a mudança de cenário da segunda etapa deu o recado de que, se souber aproveitar as chances que criar, o Tricolor pode avançar.
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