O São Paulo venceu o zagueiro Lucas Fasson em uma ação no Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-2) no valor de R$ 150 milhões. A briga na Justiça ocorre desde setembro de 2020, quando o jogador, atualmente no Lokomotiv, da Rússia, deixou o Tricolor. A decisão do TRT-2 ainda cabe recurso e pode ser levada a outros tribunais. O São Paulo conseguiu reverter uma derrota inicial no processo e venceu na atual instância, que deu razão ao clube no pedido de pagamento da multa pela rescisão contratual. Em 2020, Lucas Fasson havia entrado com um pedido para rescindir unilateralmente seu contrato com o São Paulo para jogar no La Serena, do Chile. Na ocasião, a Fifa concedeu um registro provisório ao zagueiro, mas o Tricolor foi à Justiça para receber o valor da multa. Para deixar o São Paulo, Fasson alegou ter assinado um vínculo de quatro temporadas (de julho de 2017 a junho de 2021) antes de fazer 18 anos.

Um contrato irregular, na visão dele e de seu estafe. Isso porque, apesar de a CLT e a Lei Pelé permitirem que clubes brasileiros façam contrato de trabalho por cinco anos com atletas menores de 18 anos, o regulamento da CBF também afirma que em casos de litígio submetidos à Fifa serão considerados os três primeiros anos de vínculo. Agora, porém, o São Paulo teve uma vitória que considera significativa na Justiça. Apesar de saber que vai demorar para possivelmente receber o valor referente à multa contratual de Lucas Fasson, o Tricolor entende que a decisão favorável é positiva para o clube.

Precaução Para evitar novos casos como o de Lucas Fasson, o São Paulo não tem feito mais contratos de cinco anos com jogadores menores de 18. Por mais que entenda que tem razão em episódios como este, o Tricolor acredita que o prejuízo, mesmo com uma vitória na Justiça, é maior. Assim, sob o comando do presidente Julio Casares, o departamento de futebol de base do São Paulo tem evitado ao máximo contratos de mais de três anos com jogadores que ainda não tenham completado 18 anos. É como uma medida de prevenção.