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São-paulinos ignoram diretoria para cumprir "obrigação" no Paulista



Descontente com a postura de Marco Polo Del Nero, presidente afastado da Federação Paulista de Futebol (FPF), no final do Brasileiro de 2008, Juvenal Juvêncio ameaçou ordenar a Muricy Ramalho que só escalasse reservas no Campeonato Paulista. A prioridade era e ainda é a Libertadores, pouco importava o Estadual. Os jogadores, porém, pensam diferente principalmente após as cobranças da torcida.

Alheios à polêmica que envolveu Del Nero e o árbitro Wagner Tardelli antes do jogo que selou o hexacampeonato nacional ao Tricolor - o mandatário da FPF está suspenso por acusações infundadas -, os atletas sentiram na pele as críticas depois de tropeços como as derrotas para Santos e Mogi Mirim e o empate contra o Corinthians, todos pelo Paulistão. Por isso, preferem nem imaginar o que seria não ser um dos semifinalistas.

"A diretoria colocou uma prioridade, mas nós não. O futebol não funciona desta forma. A gente que sai na rua é cobrado pelo desempenho no Paulista", informou o zagueiro Rodrigo, iniciando um discurso de enaltecimento à disputa regional que tem dominado o elenco nas últimas semanas.

"O São Paulo é time grande. Se você ver bem, prestar bem atenção, fica complicado ficar fora das semifinais. Temos como obrigação estar entre os quatro. Este é o nosso foco, é um objetivo normal para o clube. Se chegarmos às semifinais, não passou de obrigação", completou o volante Jean.

As declarações reforçam o que Muricy mostra em campo. Depois de iniciar o torneio com um rodízio na equipe, publicamente dizendo buscar o time ideal para a Libertadores, o treinador tem escalado o que tem de melhor no Estadual. Como está próximo da vaga nas oitavas-de-final da copa continental e só atua contra o Defensor, do Uruguai, em 9 de abril, deve manter sua força máxima na reta final do Paulistão para evitar surpresas.

"Estamos disputando dois campeonatos. Estamos bem em um (líder de sua chave na Libertadores) e não tão bem no outro, já que estamos na terceira colocação com mais times (divide o posto no Paulistão com a Portuguesa). Por isso, o Paulista é a nossa prioridade no momento. E a gente não pode encarar de outra forma", receitou Rodrigo.

A diretoria, no entanto, pensa diferente. Diante da possibilidade de o São Caetano levar o último jogo da primeira fase para Presidente Prudente, Juvenal Juvêncio já avisou que vai exigir um time de juniores defendendo seu clube. Com isso, os titulares só teriam três partidas para definir a classificação. Mas, neste caso, ninguém quer contestar os chefes.

"Nem sabia disso (a possibilidade de só juniores jogarem). Mas o planejamento é do São Paulo e quem for para lá vai corresponder da melhor maneira possível", garantiu Jean. "Não ficaria chateado se não jogasse. Estou aqui para acatar o que pedem. Se for para ir jogar, vamos. Se não, quem manda são eles", esquivou-se Rodrigo.


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