Treinador do Al-Rayyan (QAT), Diego Aguirre se disse injustiçado em sua passagem pelo São Paulo, que teve um fim repentino há um ano e meio. O técnico uruguaio foi demitido na reta final de uma boa campanha no Campeonato Brasileiro de 2018. Apesar da decepção, ele acredita que fez um bom trabalho no clube paulista.
"Futebol tem momentos difíceis. Às vezes, injustos. Às vezes, não dá para entender. Mas fico tranquilo com o trabalho que fizemos. O São Paulo estava muito mal quando chegamos e o objetivo era chegar à Copa Libertadores, o que nós conseguimos. Mas, acho que a expectativa aumentou muito e já não era mais alcançar o nosso objetivo inicial. Então eu acabei sendo demitido. Me mandaram embora, fiquei surpreso, obviamente, mas faz parte do futebol. As coisas ficam onde têm que ficar. A bola pune e acontecem coisas depois que fazem o trabalho ser valorizado. Mas estou muito tranquilo em relação ao trabalho que eu fiz lá", declarou em entrevista ao Bola da Vez, da ESPN Brasil, hoje (2).
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Desde sua demissão, Aguirre não deu muitas entrevistas. O treinador explicou que ficou machucado com a demissão e preferiu esperar para falar sobre o tema sem se arrepender.
"Preferi não falar no momento porque estava ferido, estava mal, estava bravo e poderia falar coisas de que me arrependeria no futuro. Agora, as coisas ruins, a gente esquece e fica com as lembranças boas. Fiz muitos amigos e fizemos um bom trabalho. Tenho muitas coisas para lembrar", complementou.
Relação com a torcida do São Paulo
Aguirre ainda falou da empatia da torcida são-paulina. Na opinião do treinador, os torcedores ficaram tão surpresos quanto ele com a demissão.
"Eu percebo um carinho da torcida nas redes sociais. Eles também ficaram surpresos com o que aconteceu. [...] Eu fui demitido depois de um empate contra o Corinthians no estádio deles, o que não é um resultado tão ruim. Foi ruim para a competição, mas eu fiquei muito surpreso também", continuou.
Relação com a diretoria do São Paulo
Diego Aguirre ainda falou de seu relacionamento com Raí, coordenador técnico do São Paulo. O treinador acredita que a decisão da demissão deve ter sido do ídolo são-paulino e questiona seu papel dentro do clube caso a decisão tenha partido de outra pessoa.
"O relacionamento com o Raí era muito bom, mas não entendi o final. Não entendi quem tomou a decisão final. Se ele tomou a decisão, respeito. Se ele não tomou a decisão, não sei o que está fazendo lá", opinou.
Para Aguirre, se o diretor de relações institucionais do São Paulo, Diego Lugano, estivesse na capital paulista no dia de sua demissão, ele não teria saído do clube.
"Lugano não estava de acordo com a decisão, até porque foi ele que me recomendou para o São Paulo. Ele estava em Buenos Aires no dia da minha demissão. Se ele estivesse em São Paulo, eu não seria demitido", completou.
São Paulo, Aguirre, Raí, SPFC
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