O jogo contra o Santos está confirmado, mas a comissão técnica do São Paulo já pensa na possibilidade de ter de jogar com portões fechados. Fernando Diniz disse, na coletiva, que não pretende poupar ninguém - o que faz sentido, já que são três partidas seguidas em São Paulo, sem viagem, e também pela péssima atuação dos reservas no domingo, em Ribeirão Preto.
Já o jogo do River, marcado para terça, dificilmente irá acontecer, dado que a pandemia do coronavírus está forçando o cancelamento de eventos esportivos (aglomerações) nos quatro cantos.
Quando este blog conversava com Diniz justamente sobre as possibilidades (portões fechados? adiamento?), uma pessoa da equipe de relações públicas da Conmebol avisou que a entidade não iria adiar nenhum jogo da Libertadores. "Cabe ao governo de cada país definir se as partidas podem ou não ser realizadas".
A Conmebol, segundo as palavras dele, irá empurrar o abacaxi para cada país. A conversa foi informal, nos corredores do Morumbi, mas funcionou como um comunicado para o clube paulista.
O São Paulo necessariamente enfrentará o River Plate com portões fechados em Buenos Aires, devido a uma punição ao clube argentino. Está preocupado em receber uma "punição" igual por causa do coronavírus e ter de jogar contra o River no Morumbi fechado, terça que vem - o que representaria grande perda financeira e esportiva.
O governo do Paraguai já proibiu a realização de eventos com aglomerações (o Olimpia jogou ontem com portões fechados pela Libertadores). A Argentina anunciou a suspensão de eventos nacionais, de qualquer modalidade.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a Conmebol enviou para a Fifa um pedido para que sejam adiadas as primeiras rodadas das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022. Este blog apurou que dois dias atrás a CBF não admitia a possibilidade de adiar o primeiro jogo, contra a Bolívia, marcado para o dia 27 na Arena Pernambuco, e que só o faria se a Fifa obrigasse.
Talvez as últimas horas sirvam para dirigentes da Conmebol e da CBF perceberem que a situação é grave e demanda ações extremas.
É impossível imaginar, com a escalada dos casos e mortes por coronavírus nesta semana, que haja rodada da Libertadores na semana que vem. Mas a bola foi empurrada para as autoridades locais - e as nossas, aqui no Brasil, ainda parecem perdidinhas.
São Paulo, Conmebol, Corona Vírus, Tricolor
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