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Análise: São Paulo erra demais na cara do gol e perde pontos

Tricolor teve a chance de tornar o jogo contra o Coritiba tranquilo, mas falta de pontaria custou caro; aproveitamento diante de times que lutam ao seu lado para não cair é de apenas 40,7%

Três minutos de jogo. Bruno lança Marcinho na direita, o jogador conta com a infelicidade do zagueiro do Coritiba, que sente uma lesão e desaba em campo antes de concluir o pique, e sai na cara de Wilson. Ele tem alguns segundos para decidir a melhor opção. Pode chutar a gol. Pode cruzar para Hernanes, que fecha sozinho na pequena área. Tenta uma cavadinha, Léo afasta antes que a bola chegue a Cueva. Era o primeiro "gol" do Coxa na vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, na última quinta-feira, no Morumbi.



O relógio corre. Estamos no minuto 26. Marcinho arrisca de fora da área, Wilson voa no ângulo direito e espalma para o lado. Cueva vem na corrida, domina na barriga e, a poucos centímetros da linha da pequena área, chuta de pé esquerdo, meio de rosca. A bola trisca a trave esquerda, mas vai para fora.

Chegamos aos 44 do primeiro tempo. Bruno se livra da marcação e cruza. Rodrigo Caio, quase da mesma posição onde Cueva falhara antes, nem sequer precisa subir para cabecear. Testa firme, para baixo. Completamente longe do alvo.

Três lances capitais. Três erros de decisão, pontaria, refinamento. O que faltou ao São Paulo para fazer de uma grande festa, com direito a recorde de público, também um jogo minimamente controlado.

No fim, virou uma enorme decepção para quem vinha de virada história sobre o Botafogo. E, mais uma vez, o Tricolor cedeu pontos a rivais diretos na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

De nove confrontos diante de equipes que, atualmente, têm pontuação próxima à do Tricolor, o time venceu três, empatou dois e perdeu quatro. Aproveitamento de 40,7%, tão ruim quanto o seu índice geral no campeonato (35,2%). No Morumbi, foram sete pontos desperdiçados.

"Equilíbrio", "tranquilidade", "paciência". Foram alguns dos adjetivos utilizados por Dorival Júnior para explicar o tropeço. Um time que finalizou 24 vezes, sendo 13 chances reais de gol, é superado por outro que arriscou sete finalizações, sendo quatro corretas. Mas o que deu errado, somente a pontaria? Não.

Avenida pela direita: Rildo já causou estrago ao São Paulo outras vezes, inclusive quando defendia a Ponte Preta. Sabia que, por ali, nas costas de Bruno, levaria a melhor no mano a mano. Foi assim que cavou o pênalti. Por aquele lado, também, ele carregou a bola e tirou Arboleda e Rodrigo Caio facilmente do lance só no drible de corpo, antes de servir Filigrana.

Meio-campo estagnado: desde que Petros chegou, Jucilei tem jogado mais recuado, na proteção à dupla de zaga. Mas faz falta sua boa chegada como elemento surpresa. Em jogos como o de ontem, no qual Hernanes esteve pouco inspirado, Petros era figura quase solitária na transição defesa-ataque.

O Coritiba percebeu e dobrou a marcação nele. Restava, portanto, a ligação direta com Pratto. Não funcionou.

Está claro que Dorival precisa encontrar formas alternativas de atuar. Quando abriu mão de Hernanes e Jucilei, por exemplo, e apostou em Jonatan Gómez e Denilson, a equipe ficou mais solta e teve, enfim, volume de jogo. Até então, era só posse de bola, o que não ganha partida (o jogo terminou com 66% a favor dos anfitriões). Não significa que a resposta está simplesmente nessas alterações, mas que o treinador possui peças suficientes para montar o São Paulo ou mudar de acordo com as dificuldades que o oponente impõe.

É o tal do equilíbrio que o treinador citou. Não dá para ser nem o time que sai de um 1 a 3, fora de casa, e vira para 4 a 3, nem o que perde tanto gol e acaba derrotado em casa para um concorrente direto na luta para escapar da queda. Se quiser permanecer na elite em 2018, o São Paulo precisa parar de ir tanto do oito ao 80.

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