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Problema e sugestão: entenda o sistema defensivo do São Paulo - Por Cleber C. Oliveira

O melhor ataque do Brasil com 22 gols marcados em 8 partidas disputadas. Uma média de 2,75 gols marcados. É um número expressivo de uma equipe que joga para frente e busca o ataque a todo momento. Em contrapartida, são 15 gols sofridos e uma média de 1,87 gols por partida. Se o São Paulo entra em campo, tem gols e emoção.



Um problema do sistema defensivo do São Paulo passa pelo posicionamento dos meio campistas e laterais. O primeiro volante no esquema de Ceni é o João Schmidt, que tem como principal característica o passe, a ligação defesa-ataque e a visão de jogo com viradas de bola. Ou seja, a marcação individual não é o forte do primeiro volante (homem responsável pelo principal combate no meio campo).

Existe um grande buraco entre o meio campo e os dois zagueiros. A descida em bloco dos laterais e meio campo deixa essa lacuna onde os adversários têm passado pela diagonal. Vide o primeiro gol do PSTC. O jogador vem carregando a bola por este espaço e toca para o atacante aberto na ponta finalizar e empatar em 1x1.

Os jogadores individualmente têm falhado bastante. Porém algo precisa ser ressaltado: quando o esquema de jogo não favorece o sistema defensivo, as falhas individuais de quem atua pelo setor tende a ter maior impacto.

Exemplo prático: o time do São Paulo já cometeu dois pênaltis muito similares em jogadas rápidas de contra-ataque, onde Buffarini e Breno estavam na condição individual, sem cobertura, e a falta era o último recurso para bloquear a jogada adversária. Em ambos os lances se a falta não é feita e a infração marcada, a condição de gol seria similar à de um pênalti.

A zaga

A zaga joga muito exposta. Os zagueiros estão a todo momento no “mano a mano” com os atacantes adversários. O posicionamento dos dois atletas na posição altera muito devido ao fato de um ter de fazer a cobertura do outro, gerando outro problema grande no outro lado do campo.
O meio campo

O meio campo é a estrutura do time em campo! E o meio campo do SPFC é estruturado para atacar (Thiago Mendes, Cícero e João Schmidt). Nenhum é volante de ofício. Todos, apesar de saberem fazer a função, não tem por característica a marcação e o desarme.

Os laterais

Os laterais do São Paulo jogam totalmente abertos e adiantados no meio campo como opção de passe. Além dos avanços até a linha de fundo e a ultrapassagem como opção de lançamentos.

O problema deste esquema fica na recomposição tática. Em caso de contra-ataque, todos os jogadores têm de voltar correndo para fazer a marcação. Mas um sistema defensivo onde os volantes e laterais estão correndo para trás, o desarme não foi feito pois provavelmente o mesmo está atrás do atacante adversário. Ou seja, a marcação não foi eficiente.

Mas o que Rogério Ceni poderia fazer para resolver o problema do sistema defensivo, mesmo que isso impacte em menos gols feitos?

Solução

Desarticular as jogadas mais agudas, expondo menos o time. Fazer a descida dos laterais de uma forma mais orquestrada, fixando Thiago Mendes e João Schmidt como volantes, fazendo a cobertura dos zagueiros:

- Na descida do lado esquerdo, prender o lateral direito e um volante (João, por ser canhoto).
- E nas descidas pelo lado direito, segurar o lateral esquerdo e o volante (Neste caso o Thiago).

Centralizar o Pratto, deixar o Luís Araújo buscando as bolas e dando liberdade para Cícero e Cueva fazerem a infiltração (igual o segundo gol na partida contra o PSTC pela Copa do Brasil).

Com este esquema mais conservador, o time teria um equilíbrio (na teoria) entre ataque e defesa, sem que um sobrecarregue o outro. A posse de bola, pelas características dos jogadores no meio campo, não seria alterada. E isso é um desenho tático muito visível no time do São Paulo hoje. A ideia básica é de que quem tem a bola longe de seu gol, não leva gols.

Lembrando que um sistema defensivo compacto precisa de todos os jogadores para cobrir os espaços. Logo, que quando se perde a bola todos os jogadores devem compor uma linha de marcação definida. E isso pode ser alterado de acordo com o adversário, de acordo com o momento da partida.

É uma sugestão de resolução para um problema crônico do São Paulo que para a fase eliminatória do Paulistão e Copa do Brasil, pode valer uma vaga.


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