O São Paulo já criou uma lista de nomes para assumir o comando do time em 2016. Porém, não está descartada a possibilidade de o auxiliar da equipe, Milton Cruz, ser efetivado no cargo.

Com larga experiência no clube, o assistente será o responsável por dirigir a equipe até o fim do Campeonato Brasileiro. Ou seja, vai comandar o time na disputa por uma vaga no G4 e, consequentemente, na próxima edição da Libertadores.

Aliás, a classificação no torneio continental é fundamental para o Tricolor traçar o seu planejamento. Se participar da competição, o São Paulo contará com um orçamento muito maior, mais visibilidade e a possibilidade de conseguir, enfim, um patrocinador máster.

Neste cenário, é provável que o clube invista mais para montar o seu elenco e contrate um treinador renomado. Os favoritos passam a ser Cuca, que trabalha no Shandong Luneng, da China, e o uruguaio Diego Aguirre, que está sem clube. Paulo Autuori, campeão mundial em 2005, corre por fora.

Caso o time fique sem a vaga, o investimento será menor. Desta forma, Milton, até mesmo por conhecer bem o clube e as categorias de base, tem mais chances de ser promovido. No entanto, o auxiliar já demonstrou, em outros momentos, não ter muita vontade de ser treinador. Apesar de ser capacitado para o cargo, ele até já recusou propostas de outros times.

Justificativa/ O São Paulo surpreendeu e demitiu Doriva na segunda-feira. O treinador estava havia 31 dias no clube e trabalhou em sete jogos. Ontem, o diretor executivo do Tricolor, Gustavo Vieira de Oliveira, explicou a saída do técnico.

“Podemos definir as razões que levaram a saída do Doriva em dois aspectos: a vaga na Libertadores e o planejamento de 2016. A partir do momento em que definimos que ele não continuaria em 2016, nada mais justo do que ele ser o primeiro a saber”, disse Gustavo, que garantiu não ter pesado contra o treinador o fato de ele ter sido contratado pelo ex-presidente, Carlos Miguel Aidar.

“Não pesou isso. Se tem algo que eu prezo dentro de um clube de futebol é a meritocracia. O profissional que está aqui não é por ser amigo, e sim, por ter mérito, por trabalhar. Isso não acontecerá enquanto eu estiver aqui”, afirmou o dirigente.