Oito anos de tabu: o São Paulo nunca venceu o Corinthians na Neo Química Arena que foi inaugurada em 2014 e Rogério Ceni esteve muito próximo de derrubar essa marca e ainda tornar-se líder do campeonato brasileiro no último Majestoso entrando superior em campo, acuando os rivais em sua própria casa no primeiro tempo inteiro e saindo na frente no placar. No segundo tempo, Ceni fez substituições que causaram uma incrível queda de rendimento e terminou no empate. O que mais preocupou o torcedor foi assistir ao mesmo padrão no jogo seguinte, já no Morumbi diante do Ceará e 4 pontos irem embora.

Debate: Ceni tem errado nas substituições dos últimos jogos do brasileirão?



É importante frisar que o texto a seguir é de opinião inteiramente de quem escreve e que respeita a opinião de todos os torcedores, a favor ou contrária, mas que entende e necessidade de abrir um espaço de debate sobre o tema que tem incomodado quem assistiu os últimos jogos e percebe que Ceni poderia ser líder e estar na ponta da tabela com o São Paulo agora sem dificuldades tendo elenco suficientemente preparado para isso.

Ceni inovou e surpreendeu a todos entrando em Itaquera contra o Corinthians no sistema 3-5-2, quem viu a escalação antes de assistir a potencia do time atuando em campo poderia duvidar da eficiência. O São Paulo jogou em um sistema quase 2-7, onde 2 homens de defesas davam o suporte ao time e todo o restante avançava e acuava o Corinthians em casa. Reinaldo na lateral conseguiu mais de 10 escanteios somente no primeiro tempo e destes lances, saíram 9 finalizações e o gol de Calleri no final do primeiro tempo.

Os 15 minutos de intervalo causaram a ilusão de liderança (que de fato ficou líder do campeonato por 15 minutos apenas)e de possibilidade de derrubar o tabu com gol de Calleri e comando brilhante de Ceni - olha que sonho! - se não fosse o próprio Rogério mudar toda a sua tática e entregar a partida que, por sorte, permaneceu no empate.

Ceni tirou um zagueiro (vencendo fora de casa?), tirou Reinaldo (o cara mais ofensivo do jogo) e voltou para o sistema 4-4-2 no retorno do intervalo antes mesmo de o jogo começar, sem sequer esperar para ver o que Victor Pereira iria fazer para tentar reagir. O treinador rival nem precisou fazer nada, das substituições em diante, o São Paulo caiu e o Corinthians cresceu, invertendo o jogo.

Ceni ainda errou, colocando jogadores como Patrick -que em outros jogos e momentos atua bem e ajuda o time, mas não naquele - que foi pesado para trabalhar no sistema de contra-ataque e deter o Corinthians.



Adeus queda de Tabu e adeus liderança. Mas o mais preocupante foi assistir uma espécie de padrão comportamental no Ceni após isso na rodada seguinte, já no estádio do Morumbi, contra o Ceará. O São Paulo também começou o jogo superior - não tanto quanto contra o Corinthians - e sofreu uma queda de rendimento até atingir o empate e passar nervoso em casa diante de sua torcida.

No início da temporada, Ceni teve de provar seu trabalho até chegar à final do Paulista: errava nas escalações e acertava no decorrer da partida. Agora ele faz o contrário errando conceitos básicos do futebol. Parece que comandar seu time de coração traz uma cegueira tática em Ceni que o impossibilita de ter uma visão de jogo.