Imagem: Marcello Zambrana/AGIF
O São Paulo apresentou um déficit de R$ 129,6 milhões em 2020, último ano da gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. O clube arrecadou R$ 358,4 milhões em 2020. As despesas foram de R$ 488 milhões no período, o que geram o prejuízo milionário. A dívida bruta do clube é de R$ 672,9 milhões, de acordo com o documento. O prejuízo registrado em 2020, ano em que se iniciou a pandemia do novo coronavírus, é inferior ao de 2019, quando o clube teve um déficit de R$ 156,1 milhões.
As demonstrações contábeis do Tricolor paulista na última temporada foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo, em reunião ocorrida em 15 de março, e também pelo Conselho Fiscal, em documento datado de 4 de março passado. O Conselho de Administração deu parecer positivo em 1º de março deste ano. O documento ainda detalha questões financeiras do clube, como valores arrecadados com transações, premiações de torneios, gastos com salários, empréstimos e contratações.
A dívida com instituições financeiras por empréstimos é de R$ 153,6 milhões, sendo que R$ 125,8 milhões precisam ser pagas no prazo de um ano e R$ 27,8 milhões devem ser quitadas a partir de 2022. Em 31 de dezembro de 2020, o clube se encontrava adimplente com as obrigações decorrentes das operações de empréstimos e financiamentos. O clube ainda tem uma dívida de R$ 29,5 milhões em empréstimos com terceiros. O montante é dividido da seguinte forma: André Cury tem R$ 16,5 milhões de crédito, Carlos Leite tem R$ 5,1 milhões, Fábio Mello tem R$ 809 mil, e Vinícius Pinotti tem R$ 7 milhões. Os contratos estão sujeitos a atualização monetária a uma taxa média de 1,10% ao mês.
O São Paulo ainda reconhece R$ 66,3 milhões em dívida com entidades esportivas e terceiros em 2020. Os principais débitos são com o Querétaro pela contratação de Tiago Volpi (R$ 10,5 milhões), com o Dínamo de Kiev pela compra de Tchê Tchê (R$ 22,5 milhões) e com o Athletico-PR pela aquisição de Pablo (R$ 9,8 milhões). O clube ainda reconhece pendências com Juanfran na casa de R$ 4,4 milhões e com Daniel Alves, avaliado em R$ 9,3 milhões.
O São Paulo pagou R$ 65,4 milhões como intermediação pela venda de jogadores. Giuliano Bertolucci recebeu R$ 19,2 milhões com a venda de Eder Militão ao Real Madrid. Com a saída de Antony para o Ajax, foram pagas duas comissões — uma ao atleta e outra à empresa 4COMM Marketing & C Management. O valor total é de R$ 12,8 milhões.
Na aquisição de atletas, o São Paulo vê o pagamento de R$ 40,2 milhões a agentes por intermediação de negócios. Ao todo, são R$ 105,7 milhões de dívida com agentes, sendo que R$ 75 milhões deveriam ser quitados em um ano, e R$ 30,7 milhões mais adiante.
Em 31/12/2020, o Clube mantinha R$ 72,1 milhões (R$ 51,1 milhões 2019) de obrigações a pagar referentes a acordos trabalhistas e processos cíveis. Jucilei, por exemplo, cobra R$ 6,9 milhões do clube, enquanto Anderson Martins tem um crédito de R$ 1,4 milhão. A empresa Marshield Créditos e Participações tem R$ 13,8 milhões de crédito.
Eventos subsequentes
O documento revela que, em 3 de fevereiro deste ano, o São Paulo acertou a venda de Brenner por US$ 13 milhões, em cinco parcelas de US$ 2,6 milhões. As duas primeiras serão pagas em 2021, enquanto as demais serão quitadas em 2022, 2023 e 2024.
Em janeiro de 2021, o Ajax quitou a segunda parcela do contrato de transferência de Antony, sendo reduzido o valor adiantado pelo São Paulo com o fundo BHP Asset Management Limited — a dívida com a instituição era de R$ 42,7 milhões até o fim da temporada passada.
são Paulo FC, SPFC, Tricolor, Leco, dívida
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