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Detalhes da novela de São Paulo e Nilmar

De Vitor Birner

O São Paulo, faz cerca de duas semanas, acertou o preço da transferência de Nilmar com o Villareal.

Pretendia arrecadar parte do valor combinado com o time espanhol pelo sistema de crowdfunding ( contribuição de torcedores ).

O vazamento da informação sobre o crowdfunding não repercutiu bem e deixou a direção preocupada.

O clube tem os 10 milhões de euros para investir, mas vai se apertar de maneira arriscada, pode comprometer as contas do clube se o fizer.

E a direção do São Paulo repudia a possibilidade de perder o controle da situação econômica da instituição.

Por isso tenta viabilizar o pagamento ao Villareal doutras formas.

Li na imprensa que o salário de Nilmar é outro entrave para definir a contratação.

Se os valores divulgados na mídia estiverem corretos, Nilmar receberia o maior salário do elenco.

Não é necessário ser muito perspicaz para saber que a direção são-paulina não aceitará isso, pois a situação pode gerar problemas internos no grupo de atletas.

João Paulo de Jesus Lopes e Juvenal Juvêncio, quando o saudoso Marcelo Portugal Gouveia era presidente, viram isso acontecer na contratação de Ricardinho.

O diretor de futebol Adalberto Batista, que negocia com o staff de Nilmar, então propôs o teto salarial do clube.

E ouviu o “não”

No último final de semana a negociação estava descartada no Morumbi, mas o procurador de Nilmar quis retomá-la na segunda-feira.

Ontem, no Cartão Verde, o próprio João Paulo de Jesus Lopes (vice de futebol), um dos cartolas mais cautelosos quando a direção cogita a possibilidade de gastar fortunas em boleiros, confirmou que o São Paulo chegou a desistir de Nilmar, foi procurado e recomeçou as conversas.

Ele está pessimista no que diz respeito ao sucesso da negociação.

Opinião

Nilmar, se contratado, jogaria como segundo atacante e formaria uma dupla de ataque muito forte com Luís Fabiano.

Com o atleta do Villareal, o São Paulo, que já possui um time mais forte que os dos últimos anos, ficaria ainda melhor.

Só que a diretoria não pode cometer a insanidade de gastar o dinheiro que vai faltar lá na frente na hora de pagar os salários e outros compromissos com seus funcionários boleiros.

Isso pode comprometer o rendimento de todos os jogadores, acabar com a credibilidade da instituição e atrapalhar futuros negócios.

Outro detalhe fundamental.

O São Paulo está certo caso tenha levado em conta a questão do teto salarial.

Nenhum atleta, no Morumbi, pode ganhar mais que Rogério Ceni e Luís Fabiano, ídolos da torcida e com história no clube.

A direção deve, sim, fazer todo esforço para contratar Nilmar, pois ele realmente contribuirá bastante para o sucesso do time.

Mas entre o empenho máximo e a loucura, ao menos neste caso, há um abismo.


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