Desta vez, elenco e comissão técnica agora se revezam em missão bem mais agradável: analisar os motivos do sucesso atual.
Além da evolução tática e do melhor entrosamento de um grupo muito modificado em relação a 2012, jogadores e comissão técnica não escondem que a química entre os atletas está melhor do que no ano passado.
O primeiro a levantar a questão foi Denis, que admitiu achar o elenco mais unido. Apesar de tentar dosar as palavras, ele não nega que houve uma mudança no astral. "Isso vai de grupo, das pessoas. Você põe 30 pessoas juntas, é difícil... Não que não tivéssemos boa relação nos outros anos. É difícil dar uma razão. Acho que hoje nós nos cobramos muito mais, sabemos o que cada um pode render, o que precisa fazer e nos ajudamos", afirmou.
Modificar o perfil do time virou prioridade para Juvenal Juvêncio após a fraca campanha no Brasileiro do ano passado.
O presidente ficou extremamente irritado com a passividade dos atletas no nacional e decidiu fazer uma limpa no plantel. Negociou 11 atletas (entre eles nomes de peso como Rivaldo, Dagoberto e o polivalente Jean) e trouxe oito novatos com um perfil que julga mais aguerrido.

Para comandar o barco, apostou na manutenção do experiente técnico Emerson Leão, contratado justamente para tentar dar mais ânimo aos atletas.
Com um elenco renovado, o técnico também deixa transparecer que agora o clima é outro. "Acho legal que todos os jogadores estão conversando bastante e se cobrando", elogiou.
Embora evite cantar vitória, a diretoria até agora tem ficado satisfeita com a nova cara do São Paulo e acredita que acertou ao liberar jogadores que, embora fossem tecnicamente inquestionáveis, tinham influência negativa sobre o elenco. Dentre os dispensados, o caso mais especial é de Dagoberto, que foi para o Internacional sem resistência mesmo tendo sido o destaque da equipe no ano passado.
"É um grupo muito mais compromissado com os objetivos do clube em relação ao do ano passado, mas só ficaremos felizes mesmo se os títulos vierem", afirmou o vice de futebol, João Paulo de Jesus Lopes.
Fernando Faro, Estadão