Apesar do primeiro tempo sem brilho, o Tricolor reagiu na segunda etapa e construiu sua vantagem com velocidade e facilidade. Além disso, pela segunda vez em toda a competição, não tomou nenhum gol, prova de que os trabalhos específicos do técnico Emerson Leão estão dando resultados.
Dessa forma, o Tricolor volta a vencer após dois empates e consecutivos e vai a 22 pontos, mesmo número de Mogi Mirim e Guarani, mas com uma vitória a menos e a manutenção do sexto lugar. Na próxima rodada, sendo ambos às 18h30 (de Brasília) do domingo, o São Paulo visita o XV de Piracicaba no estádio Barão de Serra Negra e o Guaratinguetá tenta se reabilitar contra o Paulista, em Jundiaí.
O Jogo – Sem o lateral direito Piris, que foi cortado da lista minutos antes de a bola rolar em virtude de um desconforto na coxa esquerda, o São Paulo parecia um time ‘capenga’. Apenas Cortez era munido pelo meio-campo para as jogadas ofensivas, pois Rodrigo Caio avançou pouco. Acostumado às investidas, o camisa 6 criou a primeira boa oportunidade, aos quatro minutos. O Tricolor avançou com eficiência e Cortez tirou da marcação e fez passe curto para Jadson, que tentou bater colocado, mas errou o alvo.
Aos sete minutos, Rodrigo Caio começou a mostrar que também poderia ser opção ofensiva. O lateral improvisado finalmente avançou e fez o cruzamento no meio da área do Guará. Willian José não alcançou e Jadson protestou pedindo o passe mas, logo na sequência, Casemiro se aproveitou de uma bola rebatida após jogada do camisa 25 para cabecear com força para o gol de Jaílson, que estava esperto e espalmou para fora.
Pouco tempo depois, Cortez roubou uma bola quase perdida na lateral e carregou o São Paulo para o campo de ataque. Cícero mal recebeu o passe e sofreu falta na entrada da área. A oportunidade era boa e Denílson atirou forte, do lado esquerdo de Jaílson, que até pulou, mas não alcançou.
Aos poucos, depois de saírem do trabalho, os torcedores do São Paulo começam a tomar as arquibancadas do estádio do Morumbi e, dentro de campo, o time começou a chegar forte, mas com dificuldades para concluir a gol. No ataque, Paulo Miranda fez tabela com Casemiro e bateu forte, para boa defesa de Jaílson.
A investida do zagueiro deixava clara a ineficiência dos jogadores de frente, que ciscavam muito, mas não conseguiam apostar no jogo coletivo para pressionar. O cansaço de Lucas, por exemplo, ficou evidente aos 25 minutos, quando Denílson recebeu a bola e já tentou servir os atacantes. Distraído, o camisa 7 nem deu atenção para o passe. O jogador aparentava cansaço por conta da viagem de volta da Suíça, onde defendeu a Seleção Brasileira em amistoso contra a Bósnia.
E mais uma vez, o velho ditado fez-se mentira no Morumbi, pois o camisa 7 resolveu levar o São Paulo ao campo de ataque e criou boas oportunidades aos 30, aos 34 e aos 36. Inspirado, Lucas colocou o time para cima mesmo quando nada dava certo. Finalmente, aos 42, o time abriu o placar em uma jogada construída coletivamente. Cícero tocou para Jadson e o camisa 10 serviu de letra para Lucas, no meio da área, que cortou toda a marcação do Guaratinguetá e recolheu para a perna esquerda. Com chute colocado, o camisa 7 do Tricolor abriu o placar no Morumbi.
O segundo tempo começou violento, com três faltas nos primeiros dois minutos de bola rolando. Foi nesse momento em que o São Paulo se movimentou e atacou pelo chão. Aos três minutos, a primeira tentativa, com tabela entre Cortez e Casemiro. A bola acabou sobrando do outro lado, para Rodrigo Caio, que sofreu falta de Tchô e ficou caído no gramado. O árbitro não marcou nada, para revolta dos são-paulinos.
Quando o Guaratinguetá resolveu partir para cima do São Paulo e tentar igualar o placar, acabou sofrendo dois gols que definiram o resultado da partida. Aos 13 minutos, quando o Guará tinha acabado de perder uma ótima chance com Pio, o São Paulo logo saiu no contra-ataque. Com lançamento de Lucas e passe preciso de Casemiro, Willian José invadiu a área e deu uma cavadinha para o fundo das redes de Jaílson, aumentando a vantagem.
O terceiro e último veio em sequência quase natural, cinco minutos mais tarde. Em mais um lançamento de longa distância do inspirado Casemiro, o São Paulo definiu a contagem com Fernandinho, em batida forte e consciente, sem chances para Jaílson. Depois dos gols, o time resolveu administrar a vantagem e nem se preocupou em atacar o Guaratinguetá, que deu muito espaço.
