Para o treinador, que disputa hoje sua 13.ª partida pela equipe do Morumbi, não basta ganhar. É preciso "vencer e convencer" - algo que, segundo ele, ainda não aconteceu. "É importante estar entre os primeiros colocados da tabela, brigando pela liderança", afirmou. "Mas o objetivo é melhorar para que a gente faça grandes jogos, estar vencendo e convencendo. Esta é a intenção."

Para Adilson, o time já deu um passo rumo a essa direção na vitória por 2 a 1 contra o Atlético-MG, quarta-feira. "Neste jogo, a postura foi outra, independentemente de ter sido um jogo comemorativo ao Rogério Ceni (que alcançou a 1000.ª partida com a camisa do clube). Acho que tivemos uma atitude melhor."
O discurso do treinador também vai ao encontro das pretensões do torcedor. Apesar da proximidade com o Corinthians na tabela - apenas dois pontos separam os times -, os são-paulinos ainda veem o time com desconfiança, por causa das atuações pouco convincentes. E não pensam duas vezes para encontrar o "culpado": nos jogos, vaiam Adilson e são comuns os gritos de "burro" ao técnico.
Na tentativa de conquistar de vez a confiança e o apoio da torcida, Adilson até faz o mea-culpa. "Acho que em casa acabamos tendo alguns descuidos, entrando no jogo um tanto displicentes, achando que venceríamos a qualquer momento."
Mas também destaca que teve muitas dificuldades para armar a equipe. "Lesões, cartões, convocações para a seleção e pouco tempo para trabalhar... Tudo isso causa um reflexo. Mas as coisas vão melhorar. Estou trabalhando para que isso aconteça."
Hoje o São Paulo estará escalado com praticamente sua força máxima. O único desfalque é o volante Denílson, machucado. O lateral-direito Piris volta, após três jogos de ausência.