Com todo o respeito, já vimos um bocado de cafajestagem nesse Campeonato Brasileiro. Qualquer uma delas parecerá pequena quando lembrarmos do caso Richarlyson. A diretoria do São Paulo resolveu salvar a própria pele e atirar seu volante aos leões. O São Paulo não jogou rigorosamente nada no domingo passado. O time marcou pouco, deixou o Fluminense reinar, fez uma das suas piores partidas do ano. Se queria mesmo perder para prejudicar o rival Corinthians, fez um bom trabalho.
Um trabalho, diga-se de passagem, coletivo. Com exceção de alguns garotos que levaram a partida a sério, o São Paulo foi patético. Richarlyson foi o segundo jogador expulso, também fez a sua parte nesse papelão.
A diretoria pegou Richarlyson para Cristo e o afastou do elenco. Punição, multa, como se ele tivesse sido o único responsável pela goleada do domingo. Assim, o São Paulo finge que ninguém entregou nada para ninguém. O clube mantém sua pose e integridade para Richarlyson virar o bad boy que afundou o time.
Richarlyson fez uma temporada horrorosa. Jogou mal, prejudicou o time em outras oportunidades com a indisciplina, era a hora de ir embora. Não é isso que está em discussão. A diretoria poderia esperar o fim do campeonato para se livrar dele. Anunciar punição agora é o equivalente a eleger um único culpado. Bons chefes jamais queimam um único funcionário quando o pecado é coletivo. O volante deve jogar no Rio de Janeiro ano que vem e assim todo mundo no Morumbi poderá dormir sossegado. Nada como uma boa faxina para limpar as sujeiras éticas.
Foi Richarlyson quem entregou?
Fonte Placar
25 de Novembro de 2010
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