Recentemente, o São Paulo FC se viu envolvido em um polêmico processo que pode levar ao impeachment do presidente Julio Casares. Na última terça-feira, um grupo de 57 conselheiros protocolou um pedido que agora será avaliado por um Conselho Consultivo composto por 19 membros. Esta fase inicial determinará se o pedido avança conforme as normativas do clube.
Se o requerimento for aprovado pelo Conselho Consultivo, ele retorna ao Conselho Deliberativo, onde os 255 conselheiros votam sobre o impeachment. Para que Casares seja afastado preventivamente, é necessário o apoio de dois terços dos conselheiros, ou seja, 179 votos a favor.
O fundamento principal do pedido de impeachment é uma denúncia de exploração clandestina de camarotes no Morumbi. Relatos de diretores do clube, obtidos em um áudio exclusivo, revelaram que estavam envolvidos em um esquema para a venda ilegal de um camarote durante um show da artista Shakira, realizado em fevereiro deste ano.
Os diretores Mara Casares e Douglas Schwartzmann admitiram suas participações no esquema e mencionaram que lucraram com a situação. Em suas declarações, fica claro que havia uma relação de confiança entre os envolvidos, mas também um reconhecimento de que as ações praticadas eram erradas e que a responsabilidade precisaria ser assumida.
Com o avanço deste processo, o Ministério Público já solicitou à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar mais a fundo as alegações. Em resposta à revelação do esquema, Douglas e Mara pediram licença de suas funções na diretoria do São Paulo, enquanto a ex-esposa de Casares se afastou do Conselho Deliberativo.
A expectativa é que esse tema avance nas discussões internas do clube nas primeiras semanas de 2026, logo após a análise pelo Conselho Consultivo, podendo trazer consequências significativas na gestão do clube paulista.