Faltando apenas algumas semanas para a estreia na Copa São Paulo de 2026, o São Paulo Futebol Clube tem intensificado sua rotina de preparação física, fisioterapia e controle de carga no Centro de Formação de Atletas (CFA) de Cotia. O clube busca dar continuidade a uma metodologia que já demonstrou resultados positivos em 2025. Mesmo após a demissão de Eduardo Rauen, nutrólogo que liderava a implementação do projeto TecFut, a equipe responsável pela saúde e preparação da categoria de base está reorganizando suas ações, priorizando a integração entre os diversos departamentos para a competição.
A saída de Rauen ocorreu em meio a controvérsias relacionadas ao uso de substâncias para emagrecimento, as quais tinham a indicação de fornecedores sem a devida autorização da Anvisa. Este episódio causou descontentamento tanto interno quanto externo ao clube. Contudo, a demissão não resultou em uma ruptura nos processos estabelecidos. A visão geral dentro do São Paulo é que muitos dos avanços trazidos pelo TecFut continuarão a fazer parte da metodologia estruturante da base.
Os dirigentes e profissionais da área de performance acreditam que, ao chegar ao clube, Rauen encontrou um ambiente propício para sua implementação, já que os indicadores físicos e médicos do CFA de Cotia eram bons. Isso possibilitou um avanço significativo na qualidade dos processos através da introdução de novas práticas. Em 2025, o São Paulo reportou um índice de disponibilidade dos atletas de Cotia superior a 95% ao longo do ano. No Sub-20, registraram-se apenas 38 lesões em 78 jogos, incluindo amistosos, cosa que representa uma redução de 26% em comparação ao ano anterior.
Um dado importante é que o Sub-20 do São Paulo opera com um grupo flutuante entre 45 e 60 jogadores ao longo do ano, número que supera o do elenco principal. Essa situação apresenta desafios únicos, pois, enquanto o risco de lesões nos jogos é minimizado pela distribuição de cargas entre os atletas, nos treinos a probabilidade de lesões pode aumentar devido ao maior número de atletas submetidos a estímulos físicos intensos simultaneamente. É nesse contexto que a integração de processos se torna vital.
Embora o departamento médico seja encarregado de auditar oficialmente os dados de lesões, a percepção interna do clube é de que a origem das lesões está intimamente ligada ao treinamento, especialmente ao seu controle. Em 2025, o São Paulo fez progressos notáveis na integração das áreas de preparação física, fisioterapia, nutrição e saúde. Os coordenadores trabalham para manter uma comunicação constante e têm a possibilidade de convocar um "comitê de crise" para discutir e resolver eventuais questões que surjam ao longo da temporada.
Para a Copinha de 2026, a equipe do São Paulo viajará para Sorocaba no dia 2 de janeiro, onde ficará hospedada em um hotel durante a fase inicial da competição. O planejamento é executar uma rotina estritamente controlada de treinos, recuperação e alimentação, com a intenção de replicar os protocolos que já mostraram eficácia no ano anterior. Mesmo diante da turbulência causada pela saída de uma figura proeminente do projeto, a estrutura em Cotia reitera a continuidade das suas práticas. A mensagem interna é clara: mesmo com a mudança de pessoal, os processos se mantêm. Assim, o São Paulo está confiante de que a Copa São Paulo de 2026 será disputada por uma equipe não apenas talentosa, mas também com a preparação física necessária para alcançar resultados positivos.
