Nos últimos 10 anos, o São Paulo se destacou negativamente como o clube brasileiro com o maior número de lesões no futebol, acumulando um total impressionante de 483 casos em sua equipe. Os dados revelam não apenas a quantidade de problemas médicos enfrentados, mas também as implicações diretas que essas lesões têm sobre o desempenho esportivo do time ao longo das temporadas.
O levantamento realizado pelo ge, que abrange uma década completa, evidencia um cenário de instabilidade interna no São Paulo. Nesse período, o clube promoveu diversas mudanças em seu departamento médico, incluindo trocas de fisiologistas, preparadores físicos e profissionais ligados à área de performance. As alterações refletem tentativas recorrentes de corrigir um problema persistente que segue sem solução definitiva.
A média anual de lesões do São Paulo chega a 48,3 casos por temporada, número que o coloca à frente até mesmo do Coritiba, que, apesar de ter disputado menos temporadas na elite, registra média semelhante. O Grêmio aparece logo atrás, com 457 lesões, impulsionado por duas temporadas particularmente críticas. Já o Corinthians soma 431 contusões, com destaque negativo para 2022, quando 64 atletas passaram pelo departamento médico.
Botafogo e Internacional completam o grupo dos cinco clubes mais afetados, ambos superando a marca de 400 lesões na última década. O levantamento também chama atenção para o caso do Vasco, que apesar de registrar menos lesões, apresenta uma das maiores médias de tempo de afastamento, com jogadores permanecendo cerca de 49 dias fora, o que indica contusões mais graves.
O estudo ainda destaca atletas que figuram entre os mais recorrentes no departamento médico. O volante Maicon, ex-Grêmio, lidera esse ranking individual com 26 passagens pelo DM. Outros jogadores como Marinho e Pablo também aparecem com alta frequência de interrupções em suas carreiras, reflexo de problemas físicos constantes.

Por fim, o levantamento aponta que as lesões musculares na coxa lideram a lista das contusões mais comuns, seguidas por problemas no joelho, tornozelo e panturrilha. Os números reforçam a necessidade de uma revisão profunda nos métodos de preparação física e prevenção de lesões no clube, sob pena de o problema continuar comprometendo o rendimento esportivo do São Paulo nos próximos anos.
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