A temporada de 2025 foi marcada por um forte sentimento de indignação entre os torcedores do São Paulo. Além das dificuldades dentro de campo, o Tricolor viu sua trajetória ser atravessada por uma sequência de decisões de arbitragem consideradas polêmicas e prejudiciais, especialmente em jogos decisivos. Ao longo do ano, erros claros passaram a fazer parte do roteiro da equipe, gerando revolta no Morumbi e nos bastidores do clube.
O primeiro grande episódio ocorreu na semifinal do Campeonato Paulista, no clássico contra o Palmeiras, disputado no Allianz Parque, no dia 10 de março. Ainda no primeiro tempo, o goleiro Rafael tentou sair jogando sob pressão e acabou entregando a bola nos pés de Vitor Roque. Após dividida com Arboleda, o atacante palmeirense caiu na área e o árbitro Flávio Rodrigues de Souza assinalou pênalti, em um lance amplamente contestado pelos jogadores e pela torcida são-paulina. Raphael Veiga converteu a cobrança e o Palmeiras garantiu a classificação para a final.
A repercussão foi imediata. Após a partida, o presidente Julio Casares e o diretor de futebol Carlos Belmonte criticaram publicamente a arbitragem. O perfil oficial do São Paulo nas redes sociais também se manifestou, classificando a marcação como “vergonhosa”, o que aumentou ainda mais a tensão em torno do tema.
No Campeonato Brasileiro, o São Paulo voltou a se sentir prejudicado em outro clássico contra o Palmeiras, desta vez no Morumbi, no dia 5 de outubro. Com o Tricolor vencendo por 2 a 0, dois lances cruciais mudaram completamente o rumo da partida. O primeiro foi um possível pênalti em Tapia, derrubado por Allan dentro da área. O árbitro Ramon Abatti Abel interpretou o lance como um escorregão e mandou o jogo seguir, mesmo com protestos intensos dos jogadores.
Minutos depois, Marcos Antônio sofreu uma entrada dura de Andreas Pereira, que atingiu seu tornozelo com as travas da chuteira. Apesar da gravidade do lance, o árbitro aplicou apenas cartão amarelo, gerando ainda mais revolta nas arquibancadas. Para completar o cenário, o zagueiro Gustavo Gómez esteve envolvido em outras jogadas controversas, incluindo faltas duras e um possível cotovelo em Tapia, que sequer foram revisadas pelo VAR de forma conclusiva.
O clima de revolta aumentou quando o Palmeiras marcou três gols em apenas 19 minutos, virando o clássico. A sensação entre os torcedores era de que os erros de arbitragem haviam mudado completamente o jogo. Semanas depois, em novembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o árbitro Ramon Abatti Abel e a equipe do VAR com suspensão de 40 dias, confirmando que houve falhas graves na condução da partida.
Mesmo com as punições, o estrago já estava feito. Para o torcedor do São Paulo, 2025 ficou marcada como uma temporada em que decisões equivocadas da arbitragem influenciaram diretamente resultados, eliminações e o rumo do clube. A sequência de episódios reforçou a sensação de injustiça e alimentou ainda mais a insatisfação geral vivida pelo Tricolor ao longo do ano.
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