Recentemente, a utilização de canetas emagrecedoras por jogadores do São Paulo Futebol Clube gerou ampla discussão, sendo citada como um dos fatores de discórdia dentro do departamento médico do clube. De acordo com uma reportagem do Uol, a polêmica se intensificou nesta sexta-feira, levantando questões sobre o impacto desse medicamento no desempenho e na saúde dos atletas.
O nutrólogo Eduardo Rauen, responsável pelas aplicações de semaglutida no clube, conversou com o ge e desmentiu quaisquer associações entre o uso do medicamento e as lesões recorrentes que afetaram a equipe em 2025. Segundo ele, apenas dois atletas, de um total de 280 nas diversas categorias do clube, utilizaram Mounjaro durante a recuperação física, e isso ocorreu em um contexto muito específico. Rauen esclareceu que as aplicações foram realizadas de forma criteriosa, apenas para atletas que apresentavam índice de massa corporal (IMC) acima de 27,5 e dor articular.
O nutrólogo enfatizou que o uso do medicamento ocorreu em uma "janela terapêutica" de aproximadamente duas semanas e de acordo com estudos que indicam a segurança do produto para atletas profissionais. Além disso, Rauen destacou que nenhum dos atletas entrou em campo utilizando a medicação, ressaltando que as aplicações visavam exclusivamente o tratamento necessário durante a fisioterapia.
Em resposta à polêmica, o São Paulo também divulgou um comunicado, esclarecendo que os tratamentos médicos foram realizados de forma individualizada e após avaliações clínicas cuidadosas, somente em dois jogadores. O clube enfatizou que a alegação de que o Mounjaro seria responsável pelo número elevado de lesões na temporada é desonesta. Além disso, a nota confirmou que o medicamento é regulado e autorizado pela Anvisa e que não houve irregularidades em seu uso, sempre respeitando as normas éticas e legais vigentes.