O São Paulo vive um momento delicado em relação às cobranças de falta, notoriamente distantes dos tempos áureos da era Rogério Ceni. Enquanto o ex-goleiro converteu essas cobranças em uma verdadeira especialidade, levando o Tricolor a diversos gols dessa forma, a situação atual se mostra alarmante. O clube acumula impressionantes 903 dias sem marcar um gol de falta, o que reflete uma queda técnica significativa em relação ao passado.
O último gol de falta do São Paulo foi registrado em maio de 2023, quando Wellington Rato balançou as redes em uma vitória sobre o Puerto Cabello, pela Copa Sul-Americana. Desde então, o time tem buscado retomar a precisão que outrora era uma marca registrada, com jogadores como Alisson, Lucas, Luciano, Maílton e Rigoni se revezando nas cobranças, mas sem sucesso. Essa escassez tem gerado uma sensação de perda da habilidade que caracterizava o clube em suas melhores fases.
Curiosamente, este não é o primeiro jejum enfrentado pelo São Paulo. Antes do gol de Wellington Rato, o time já havia passado mais de 500 dias sem conseguir marcar de falta, um jejum que terminou em 2021 com o gol de Martín Benítez contra o Fortaleza. Assim, em quatro anos, o Tricolor acumulou apenas dois gols desse tipo, um número que contrasta drasticamente com os tempos em que Ceni era o grande responsável pelas cobranças, frequentemente anotando mais de um gol por temporada.
Desde a aposentadoria de Rogério Ceni, ocorrida em 2015, o São Paulo tem se esforçado para encontrar um sucessor que possa manter o nível das cobranças de falta, mas até o momento, conforme levantamento do jornalista Alexandre Giesbrecht, foram apenas 13 gols de falta em quase uma década. Essa realidade evidencia o quanto o clube sente falta do talento singular que Ceni trouxe para o campo.
Treinar até depois do treinamento, para cobrar falta tem que treinar, mas esses perebas não treinam nada.