Atacado ou varejo

Fonte Trivela
É difícil entender como a imprensa dá tanta trela para o departamento de marketing do São Paulo. Tudo bem, o Tricolor paulista é um dos melhores clubes do Brasil nessa área, com algumas boas idéias (caso do “4-3-3? que virou “6-3-3?, o “Batismo Tricolor” e a camisa especial do Rogério Ceni). Mas há muita coisa que beira o factóide e ninguém contesta muito. Só aceita e bate palma, como no caso da “Conversão Tricolor”, uma das coisas mais sem-pé-nem-cabeça dos últimos tempos, e a tese de que em dez anos o clube terá a maior torcida do país (coisa que exigiria uma altíssima taxa de mortalidade de flamenguistas e corintianos na próxima década).
A última foi o “Passaporte Tricolor”, anunciado nesta terça (clique aqui). Nesse projeto, o torcedor compra um pacote para ter ingresso automático para todos os jogos do time como mandante no ano. A idéia é ótima, não fosse pelos preços: R$ 715 (arquibancadas atrás dos gols) ou R$ 1.100 (arquibancadas laterais), sem a possibilidade de meia entrada. O valor simplesmente… não vale a pena.
O São Paulo joga dez partidas em casa na primeira fase do Paulista, três na fase de grupos da Libertadores e 19 no Brasileirão. Em um cenário ideal, o time chega às finais do estadual e do torneio continental, o que totalizaria 38 partidas no Morumbi em 2009. Assim, pelo Passaporte Tricolor, o valor do ingresso por partida é R$ 18,82 ou R$ 28,95. Se o time não chegar a final da Libertadores ou do Paulistão, o valor aumenta. Se o torcedor deixar de ir a alguma partida (o que fatalmente acontece durante o ano), o valor proporcional também cresce.
Na última partida de 2008, contra o Fluminense, qualquer setor da arquibancada custou R$ 20 (clique aqui). Ou seja, vale mais a pena comprar o ingresso avulso do que o pacotão completo. É um caso raríssimo de preço no atacado ser mais alto que no varejo.
É difícil entender. Ou dá: é mais uma ação que busca só o são-paulino da classe média-alta, ignorando que a área de maior crescimento da torcida tricolor é nos bairros da periferia da Zona Sul paulistana. Para esse são-paulino, o departamento de marketing não faz nada. Mas não tem problema, porque isso garante que o responsável por essa área seja o candidato mais votado na última eleição do conselho do clube. Ele está no papel dele, a imprensa que poderia fazer o dela e contestar um pouco certas coisas.
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