Após um longo período afastado dos gramados em decorrência de uma lesão nos ligamentos do joelho esquerdo, Wellington retornou ao time titular do São Paulo sem fazer alarde.

No entanto, basta uma análise mais aprofundada na recente arrancada tricolor nesta reta final do Campeonato Brasileiro para perceber que o volante se tornou fundamental ao esquema de Ney Franco. E os próprios são-paulinos reconhecem a importância do camisa 5, que já ganhou o status de "alma" do elenco.


Wellington estreou no Campeonato Brasileiro somente no final de agosto, na vitória por 4 a 0 contra o Botafogo. De lá para cá, o meio-campista ganhou ritmo de jogo e recuperou a titularidade na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, em 12 de setembro - o último resultado negativo do São Paulo até então. De lá para cá, a equipe de Ney Franco realizou oito jogos, tendo vencido seis e empatado dois (sete deles pelo torneio nacional). E o volante recebeu os merecidos créditos depois da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-GO, na noite desta última quinta-feira, no Morumbi.

"A alma do nosso time passa pela dupla Denilson e Wellington", elogiou o goleiro Rogério Ceni. "O nosso time inteiro melhorou demais, mas eles nos dão consistência no meio de campo", acrescentou o capitão tricolor.

Ney Franco também reconheceu os méritos do meio-campista revelado pelo próprio São Paulo, mas não deixou de elogiar o também volante Denilson. "São dois jogadores que dão sustentação à parte defensiva, dois atletas muito técnicos. Eles podem ser considerados a 'alma do time', mas fazem muito bem a função que lhes é designada, como todos aqui neste grupo", destacou.

De fato, é notória a evolução do São Paulo com Wellington em campo. De acordo com o Footstats, o meio-campista realizou dez partidas neste Campeonato Brasileiro, ajudando o time a alcançar um invejável aproveitamento de 73,3% dos pontos disputados quando jogou - para se ter uma ideia, o Fluminense lidera o torneio com uma média de 74,2%. Sem ele, contudo, esse percentual despenca para 52,4%.

Os números também comprovam a evolução são-paulina com Wellington: são, em média, 33,8 desarmes e 14,3 finalizações por partida com o camisa 5 atuando. Quando o time não pôde contar com o volante, esses números caem para 28,6 e 13,4, respectivamente.

Mas o fato mais significativo é a solidez da defesa tricolor: o último gol que o São Paulo sofreu no Campeonato Brasileiro com Wellington em campo foi em 15 de setembro, na vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa (ele não atuou no empate por 1 a 1 com o Coritiba, no último dia 30). Neste mês de outubro, os comandados de Ney Franco realizaram quatro jogos e não foram vazados em nenhum deles. Com o jogador em campo, a equipe sofreu somente dois gols no Brasileiro.

Com isso, Wellington se torna um trunfo importante para o São Paulo continuar a arrancada em busca da segunda ou da terceira colocação da tabela do Brasileiro. O time paulista é atualmente o quarto da tabela com 55 pontos, cinco a menos que o vice-líder Atlético-MG e a três do Grêmio, terceiro. O próximo compromisso tricolor será domingo, às 16h (de Brasília), contra o Flamengo, no Engenhão.

Confira os números de Wellington no Brasileiro, segundo o Footstats:

Jogos: 10
Gols: 0
Cartões amarelos: 4
Desarmes: 17
Faltas: 23
Finalizações: 2
Aproveitamento nos passes: 94,4%
Média de posse de bola: 57s
Gols marcados pela equipe: 17
Gols sofridos pela equipe: 2
Aproveitamento da equipe: 73,3%