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Muricy cobra rápida definição sobre Ganso, mas não interfere em negociação

Técnico do Santos cita período em que era 'escravo' de clube e joga responsabilidade para estafe do jogador

A indefinição da situação do meia Paulo Henrique Ganso, que está na mira do São Paulo, já começa a incomodar o técnico Muricy Ramalho, do Santos. Nesta sexta-feira, véspera do clássico contra o Palmeiras, o comandante atentou para a necessidade de o problema ser resolvido com velocidade, embora deixe claro que não interferirá no andamento das negociações.

Apesar da preocupação, Muricy garante que Ganso está reagindo bem ao momento, diferentemente de outrora, soando até contraditória já que a cobrança foi clara.

- Muitas vezes, prometem muitas coisas ao jogador e não é tudo isso. Por isso que não é fácil. As pessoas pensam que é só por jogador em campo, mas dirigir time é complicado. Por isso esperamos que mais uma vez esse problema seja sanado e esclarecido. Uma hora é 10 mil, outra vez é 12, tem que falar é tanto! Senão, não tem acordo - disse Muricy.

- Mas dessa vez ele não está entrando nessa. Está jogando e jogando bem - completou.

Experiente ao lidar com jogadores em processo de negociação, Muricy foi interpelado sobre sua época de jogador e as diferenças na relação dos clubes com os atletas. O técnico lembrou que se considerava um pouco escravo das instituições e por isso atenta que a responsabilidade precisa ser das pessoas que comandam a carreira de Ganso. O meia é representado pela DIS, grupo do empresário Delcyr Sonda.

- Graças a Deus, eu tinha meu pai, quando tinha que interferir em algo, ele cuidava um pouco. Antigamente, os clubes eram dono da gente. A gente era mais ou menos escravo. Hoje tem cláusulas, leis, e às vezes pessoas têm de gerir a carreira dos jogadores - afirmou o comandante.

- Tem de tirar todas dúvidas, senão o jogador é prejudicado. Fica com muitas coisas na cabeça. Cada hora é uma conversa, uma proposta, outra proposta e isso prejudica. Hoje em dia futebol, fora daqui dos treinos, é um grande negócio e está todo mundo atrás do negócio e isso às vezes é uma conversa ou uma proposta que nao é aceita e deixa o jogador aborrecido - completou o técnico.

Depois de aceitar contrato do Corinthians, no ano passado, Ganso agora não descarta a possibilidade de jogar no São Paulo e já disse que seria um prazer. Apesar disso, Muricy Ramalho disse que ainda não teve de conversar com o jogador, pois acredita que seu desempenho tem sido satisfatório.

- Enquanto o Ganso estiver jogando bem, não converso com ele. Quando ele estiver jogando mal, vou falar, porque é minha função, a outra funçao é dos empresários. Estou vendo que ele está feliz, jogando bem. Outras coisas nao é problema meu. Se tiver prejudicando é problema meu, tenho que intervir - disse o técnico.

Ganso está confirmado no time titular do Santos neste sábado, no clássico contra o Palmeiras, no Pacaembu. Nesta sexta, o meia participou do treinamento com o grupo, mas deixou a atividade mais cedo, sem realizar as costumeiras cobranças de falta.

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