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Se Juvenal deixar, Ney Franco terá muito trabalho

Até estranhei o acerto, desta vez. Todos nós, são-paulinos, com certeza, ficamos muito contentes com a contratação de Ney Franco, um dos melhores e mais sérios treinadores da nova geração. Espero que ele fique por um bom tempo para poder remontar o time do São Paulo, se o provecto ditador Juvenal Juvêncio deixar, é claro.

Ney deve ter sentido o tamanho da encrenca na sua melancólica estreia comandando aquele amontoado de jogadores com a gloriosa camisa tricolor, sem noção do que fazer em campo, no empate de 1 a 1, domingo, contra o desfalcado Palmeiras, em Barueri.

Mesmo pegando o time de Felipão de ressaca, jogando quase todo o segundo tempo com um a menos, após a expulsão de Henrique, o São Paulo ficou dando trombada no meio de campo e tomou um sufoco de dar dó para quem ainda pensa em disputar o título do Brasileirão.

Antes mesmo da estreia, como Ney Franco mostrou nos treinos e nas entrevistas, ficou claro que o São Paulo, depois de muito tempo, tinha finalmente mudado o padrão do seu comando técnico, que ficou com a herança maldita deixada por Leão.

Agora, para voltar a ter um time competitivo, só falta Juvenal Juvêncio parar de dar palpite e o São Paulo mudar a direção do clube. Logo na sua primeira entrevista, Ney Franco já deixou claro que não vai aceitar interferências no seu trabalho. Foi exatamente por este motivo que mandaram Muricy embora e nunca mais acertaram na contratação de um técnico.

Conhecido no mercado por comprar caro e vender barato, na mesma semana da acertada contratação de Ney Franco, o presidente que não quer largar o osso fez mais uma lambança. Bateu o pé e recusou a proposta do Manchester United para vender Lucas por 82 milhões de reais — 82 milhões! — só porque não quer dar os 30% a que têm direito o jogador e o seu empresário.

Era a sua chance de fazer pelo menos um bom negócio, mas Juvenal não ouve ninguém, e deu uma banana para os ingleses, o agente e o jovem jogador, que ainda está por provar se é mesmo um craque. Na ditadura que impera no São Paulo, quem manda é ele, e acabou, como se o clube fosse sua propriedade particular. Se o clube do Morumbi tivesse uma diretoria que se desse ao mínimo de respeito, já que não existe mais oposição no Morumbi, seria o caso de pedir o impeachment do presidente por malversação do patrimônio.

Com aquela turma de "yes man", que só sabe dizer sim, senhor presidente, alguém acredita que isso um dia possa acontecer? Pobre Ney Franco, que ainda é capaz de sentir saudades do ditador Ricardo Teixeira, o Juvenal Juvêncio da CBF. Mas ainda resta uma esperança: até o inamovível Teixeira viu chegar ao fim este ano o seu longo reinado no futebol brasileiro. Como diz a canção, toda tristeza um dia tem um fim.

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